GOVERNADOR SUPLEMENTA ORÇAMENTO DA ALEPI NO DIA DA VOTAÇÃO DO AUMENTO DE IMPOSTOS QUE FARÃO R$ 150 MI ENTRAR NO CAIXA, MAS NÃO ESTAVA FALTANDO DINHEIRO AGORA?
O Diário Oficial desta quarta-feira traz as exonerações de secretários de Estado para que eles, também deputados, possam aprovar o aumento de impostos na Alepi. Ordens do governador Wellington Dias. A manobra tirou dois deputados do PP -- Belê e Bessah -- do plenário. Os deputados já haviam entrado num consenso de votar contra. Na última segunda-feira (30) a vice-governador Margarete Coelho desmentiu a versão de Wellington Dias e de seu secretário de Administração e Previdência de que não há mais onde cortar gastos. Em entrevista ao Política Dinâmica, ela afirmou que o governo ainda não enxugou todas as suas contas e deveria fazer isso antes de obrigar o povo a tapar o rombo nas finanças.
Mas não é que o mesmo Diário Oficial traz, logo antes das exonerações, uma suplementação orçamentária para a Assembleia? O governador está depositando R$ 12 milhões de reais para os deputados. A assessoria de comunicação do governador Wellington Dias não retornou nossos contatos. Mas o deputado João Mádison (PMDB) atendeu nossa ligação para explicar que esse é o dinheiro destinado ao pagamento do 13º salário na Alepi. Não apenas dos deputados, mas dos servidores também. Deixou escapar que os repasses do Estado estavam atrasados e foram colocados em dia justamente hoje, quando será votado o aumento de impostos. Parece que todo mundo estará bem motivado no legislativo nesta quarta-feira. Também no mesmo decreto, o Tribunal de Justiça do Piauí recebe mais R$ 13 milhões.
W.Dias sabe que o aumento de impostos vai lhe custar um bom preço em imagem. Mas também trará R$ 150 milhões para a conta única do governo. E o petista avalia que os recursos destinados à Coordenadoria de Comunicação para 2018 darão conta do recado no ano de eleição. O orçamento da coordenadoria de Comunicação -- a propaganda oficial do Estado -- é de R$ 34 milhões. O petista aposta na memória curta do piauiense, que não tem lhe faltado desde 2006, ano de sua primeira reeleição.(Marcos Melo - Política Dinâmica)
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