Com os suspeitos, a DRF encontrou um fuzil AK-47, pistolas e revólveres
( Diário do Nordeste )
Três homens foram presos em uma ação realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), na última segunda-feira (29), no bairro José Walter, em Fortaleza. Os suspeitos de integrarem uma organização criminosa, que atua dentro e fora do Estado do Ceará, foram identificados como Francisco Valderlane França de Freitas, 36; Flávio Nunes do Vale, 43; e Francisco Júnior Vieira, 49.
Segundo a Polícia, suspeitos realizavam furtos em condomínios de luxo se passando por agentes federais. Eles invadiam as residências apresentando ummandado de busca e apreensão falso que, em tese, era expedido pela Justiça Federal. O delegado-adjunto da DRF, Osmar Berto, afirma que a quadrilha agia em outras frentes, como ataques à instituições financeiras e que “há um indicativo de que muitas outras pessoas fazem parte da quadrilha”.
Nas diligências policiais, realizadas nos bairros José Walter e Paupina, foram apreendidos supostos uniformes, malotes e distintivos da Polícia Federal (PF), que os suspeitos usavam para praticar furtos; quatro armas de fogo, sendo um revólver calibre 38, duas pistolas .40 e a outra de 9 mm; e um fuzil AK-47 calibre 762, de fabricação russa, que geralmente é usada por organizações criminosas em ataques a agências bancárias.
Quatro veículos também foram apreendidos: dois com placas do Ceará, um com placas do Paraná e outro com placas do Piauí. O proprietário de um dos veículos afirma não ter relação com a quadrilha e que é motorista de um aplicativo de transporte privado.
As equipes da DRF descobriram que dos três envolvidos nos crimes apenas Francisco Júnior Vieira tinha passagens pela Polícia, já tendo respondido por furto e receptação. Com ele, foram apreendidos dois documentos falsificados. Considerado o líder da quadrilha, Vieira usava o nome Miguel Ângelo Alves Matias em uma identidade e em uma Carteira de Trabalho falsas. O suspeito também tem um mandado de prisão em aberto no município de Tabuleiro do Norte.
Sobre o fato de apenas um dos presos responder a crimes, Osmar Berto afirma que a questão tem que ser vista com bastante cuidado, pois muitos indivíduos que são comprovadamente envolvidos em organizações criminosas nunca foram presos. "Então, o fato de não possuir antecedentes, não é indicativo de que seja um cidadão de bem”, afirmou.
O delegado da Especializada ainda diz que a prisão dos suspeitos foi feita em flagrante e que vai continuar mantendo contato com as DRFs de outros estados para cruzar informações sobre o grupo e, desta forma, identificá-los e responsabilizá-los criminalmente
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