O depoimento de um policial militar – tomado no bojo da sindicância aberta para apurar a expedição de memorandos determinando o monitoramento de adversários do governador Flávio Dino (PCdoB) nas eleições deste ano – aponta que, diferentemente do que tem alegado o secretário de Estado da Segurança, Jefferson Portela, a cúpula da Polícia Militar tinha conhecimento da operação.
Juarez Martins Coelho contou em oitiva, divulgada com exclusividade pela TV Mirante na noite de ontem (saiba mais), que, dias após o envio das ordens ao interior, a major Ana Paula foi cobrada pelo coronel Heron Santos para que os dados do fossem logo reunidos porque ele teria uma reunião com o coronel Pedro Ribeiro.
Ribeiro é nada menos que o subcomandante-geral da Polícia Militar do Maranhão.
Além disso, o mesmo tenente voltou a citar a Major Ana Paula ao informar que ela garantiu que o coronel Zózimo Paulino – comandante do CPI, que assina um documento, datado do dia 20 de abril, tornando sem efeito todos os memorandos emitidos anteriormente com ordens para o fichamento de oposicionistas e revelando a existência de um certo “Coordenador das Eleições de 2018” (saiba mais) – também sabia da reunião entre Heron e Pedro Ribeiro.
As revelações do oficial desmentem o secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela. Em coletiva de imprensa na quarta-feira (25), ele garantiu que a expedição dos memorandos “foi um ato ilegal tomado à revelia do Comando da instituição”.
Pelo visto, parece que havia muita gente no Comando da PM por dentro do “ato ilegal”.
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