sábado, 28 de abril de 2018

Na tumultuada política mineira, o cinismo dessa gente é uma arte…

Adalclever (esq.) e Pimentel posam para fotos
Bernardo MirandaO Tempo
O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), se encontrou com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes, um dia depois do pedido de impeachment ser aceito contra o petista pela Mesa Diretora da ALMG. Na manhã desta sexta-feira, os dois participaram da abertura oficial da safra mineira da cana de açúcar, em Uberaba, no Triângulo, e posaram para fotos, conversaram e até deram gargalhadas em alguns momentos. O clima ameno contrasta com a crise política em que os dois são protagonistas.
Apesar do pedido de impeachment ter sido aceito pelo vice-presidente da ALMG, Lafayette Andrada (PRB), a motivação para essa medida foi a insatisfação de Adalclever Lopes (MDB) com algumas atitudes tomadas por Pimentel.
FATOR DILMA – A principal causa de estremecimento entre os então aliados, foi a transferência de título da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) para Belo Horizonte, com a indicação que ela será candidata ao Senado. Adalclever também tem pretensões de disputar uma vaga de Senador por Minas e esperava ser candidato único na chapa formada por PT/PMDB para reeleição de Pimentel.
Outro motivo de insatisfação teria sido a possível indicação do Secretário de Estado de Casa Civil, Marco Antônio Rezende, para a vaga aberta no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
AGENDA MANTIDA – Mais cedo, em outro evento em Uberaba, Pimentel disse que chegou a ser aconselhado a abandonar a agenda de hoje, ma decidiu por manter seus compromissos.
“Eu estou aqui como governador do Estado. Houve quem me sugerisse que adiasse esta agenda. Eu disse ‘não’. Eu vou porque acho que o Estado tem que publicamente prestar um tributo aos produtores rurais de Minas Gerais. São eles que fazem com que o Estado mantenha esta estabilidade que faz inveja a outros Estados”, comentou.
Já o presidente da Assembleia disse que o pedido de impeachment do governador não terá tratamento diferenciado. “Será como todos os outros, vamos receber o pedido e uma Comissão será criada para analisar. Ninguém está torcendo para dar certo ou dar errado. Vai depender do conteúdo das provas. Minha parte é ler o pedido, quem analisa o conteúdo é a Comissão”
Questionado sobre qual seria seu posicionamento pessoal, Adalclever se esquivou: “Presidente não vota em sessão de impeachment”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Parodiando o grande cantor Ataulfo Alves, podemos dizer que o cinismo nesta gente é uma arte. São pessoas que se odeiam, querem se destruir, mas posam para fotógrafos e cinegrafistas como se fossem grandes amigos. Desse jeito, quem pode acreditar nos políticos? (C.N.)     

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