Da coluna Estado Maior
O episódio da espionagem de adversários políticos usando a Polícia Militar (PM) do Maranhão ainda está longe de terminar. Com as novas revelações de que o coordenador da eleição 2018 de dentro da corporação é o coronel Heron Santos, o governador Flávio Dino (PCdoB) tem muito o que explicar. E não basta dizer que ele não determinou. A sociedade precisa de explicações mais específicas.
Entre essas explicações, a primeira deveria ser a resposta a uma pergunta: para que a PM estava reunindo dados de adversários políticos do governo estadual? E mais: para qual missão as informações seriam necessárias? E por que elas deveriam ser colhidas com urgência?
Nas primeiras versões sobre o caso, o governador Flávio Dino e seu secretário da área, Jefferson Portela, não conseguiram explicar. Pelo contrário, preferiram tentar negar a existência do documento que determinava a espionagem no interior.
Na versão seguinte, admitiram a existência da circular, mas disseram ser ato isolado de subordinados. Depois, como o ato não foi isolado – chegou a comandos no interior –, os governistas decidiram dizer que foi uma armação para prejudicar o governo. A velha e boa “teoria da conspiração”. Com a participação de Heron Santos, os dedos apontados para a oposição não servem mais.
Como dito antes, o governador precisa dar explicações. Justificar a atitude de um membro da PM e seu correligionário. Se assim não fizer, deixará a insegurança fazer parte da República do Maranhão, fundada pelos comunistas em janeiro de 2015.
Catalogação – A oposição deverá agora buscar as informações sobre quais dados de adversários de Flávio Dino chegaram ao coronel Heron Santos, apontado como coordenador da eleição de 2018.
A informação é necessária, para que os políticos contrários a Dino saibam até que ponto avançou a política de espionagem do governo comunista.
E dependendo da catalogação dos adversários, a oposição deverá reforçar o pedido de intervenção na Segurança do Maranhão.
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