terça-feira, 1 de maio de 2018

Os tiros, o silêncio de Bolsonaro e o entusiasmo de seus seguidores

Resultado de imagem para atirador em curitiba
O atirador se exibe tranquilo diante das câmaras
Bernardo Mello FrancoO Globo
Na madrugada de sábado, um homem abriu fogo contra o acampamento de apoiadores de Lula em Curitiba. Duas pessoas ficaram feridas, uma delas no pescoço. Foi o segundo atentado político em um mês — o segundo contra aliados do ex-presidente.
Em março, balas perfuraram um ônibus da caravana lulista no interior do Paraná. O delegado que registrou o caso como tentativa de homicídio foi afastado da investigação. Seu substituto preferiu falar em “disparo de arma de fogo com dano”. Ele não identificou os responsáveis pelo ataque.
O desinteresse da polícia paranaense parece ter encorajado o atirador do fim de semana. Câmeras de segurança o flagraram caminhando sozinho e descarregando a pistola. Uma mulher ferida por estilhaços contou que ele xingou os acampados e gritou “Bolsonaro presidente” antes do crime.
ATENTADO FORJADO? – O deputado ainda não se manifestou. No primeiro episódio, ele sugeriu, sem provas, que os tiros contra o ônibus teriam sido forjados por petistas. Depois voltou a atiçar seus seguidores e simulou balear um boneco de Lula.
Desta vez, os seguidores de Bolsonaro se encarregaram do serviço. Um deputado estadual de seu partido divulgou vídeo culpando as vítimas. “O cidadão de bem não aguenta mais ser atacado e reprimido por essa cambada de vagabundos que se alojou naquele local”, disse Ricardo Arruda, do PSL do Paraná.
“Temos que dar um fim, um basta, a este movimento ridículo e mentiroso a favor deste criminoso que é o Lula”, prosseguiu. Contra tiros e ameaças, não se lê protesto de procurador nem tuíte de general.
###
PEZÃO LIGA PARA AVISAR QUE AINDA ESTÁ VIVO
O governador Luiz Fernando Pezão ligou para comentar a coluna de domingo, sobre a demora do Tribunal Superior Eleitoral para julgá-lo. Ele sustentou que a cassação imposta pelo TRE do Rio foi injusta. “O processo está parado porque estão vendo o erro que cometeram comigo”, disse.
Pezão não quis rebater as novas delações que o acusam de receber mesada do esquema de Sérgio Cabral. “A PF já revirou minha vida e não achou nada”, afirmou. A oito meses do fim do mandato, o governador me contestou por escrever que ele passou a vagar como um fantasma no Palácio Guanabara. “Eu tô vivo!”, avisou

Nenhum comentário:

Postar um comentário