sexta-feira, 1 de junho de 2018

43 mortes violentas registradas em maio em municípios da Ilha


 

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Levantamento feito por O Estado tem como base os casos registrados nos municípios da Região Metropolitana; se comparado o número de casos de abril ( 32) e maio, houve um crescimento de cerca 25,5% na violência urbana

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Delegado da Polícia Federal, David Farias de Aragão, integra a lista de vítimas de assassinatos na Grande Ilha
Delegado da Polícia Federal, David Farias de Aragão, integra a lista de vítimas de assassinatos na Grande Ilha
SÃO LUÍS - Levantamento feito por O Estado aponta que a quantidade de mortes violentas nos quatro municípios da Grande Ilha - São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa - apresentou crescimento nos últimos dois meses. Se em abril foram registrados 32 casos - homicídios dolosos, latrocínios e mortes durante confronto com a polícia -, somente em maio foram 43 mortes violentas, o que representa um crescimento de aproximadamente 25,5% na violência urbana. A maior elevação foi nas ocorrências relativas a assassinatos após roubos, prática considerada uma das mais cruéis, já que, em sua grande maioria, leva a óbito pessoas sem antecedentes criminais.
Somente em maio deste ano, foram 33 homicídios dolosos – ou seja, quando houve a intenção de matar, o que dá uma média de pouco mais de um assassinato por dia. Foram registrados ainda cinco latrocínios, contra apenas um do mês de abril deste ano. Quatro pessoas morreram em confronto com a polícia e foi registrado ainda no quinto mês do ano um caso de estrangulamento, cuja vítima foi Élton Costa de Araújo, de 20 anos, no Presídio São Luís III do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão (SSP) não divulgou as circunstâncias e autoria do crime.
Em relação aos latrocínios, um dos casos que mais chamou a atenção em maio teve como vítima o delegado da Polícia Federal, David Farias de Aragão, de 35 anos. Ele foi morto no dia 5 após três assaltantes invadirem a residência da família, no bairro do Araçagi, durante a comemoração de uma festa de aniversário. Dias após o crime, os acusados foram presos. O último a ser capturado pela polícia foi Davi Costa Martins, apontado como o autor dos disparos que vitimaram o delegado.
Outro caso que chocou a sociedade maranhense foi o da criança identificada como Pedro Matias Reis, de apenas seis anos de idade. Ele foi morto após ser atingido por um disparo de arma de fogo quando voltava para a sua casa após vir da igreja, no Bairro de Fátima, no dia 6 de maio deste ano. A criança, na ocasião, chegou a ser encaminhada para o Hospital Socorrão I, no entanto, não resistiu.
Horas após o crime, foram presos pela polícia dois homens identificados como Edigleison Raí Garcia e Jaílson dos Reis. Enquanto o primeiro foi apontado como o autor do disparo fatal, o segundo foi conduzido para a Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), na capital maranhense, por esconder a arma usada no crime. De acordo com a SHPP, Edigleison disparava contra um desafeto dele, identificado como Djavan, que passava na rua no mesmo momento em que a criança voltava para casa.
Sem violência no feriado
O feriado de Corpus Christi não registrou homicídios na capital maranhense, até o fechamento desta edição. De acordo com informações do Instituto Médico Legal (IML), dois corpos deram entrada nas últimas horas. O primeiro foi o de Maria do Socorro de Medeiros Silva, de 58 anos. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima foi encontrada com sinais de asfixia em sua residência, situada no bairro do Turu, próximo ao ponto final do bairro. Inicialmente, a polícia trabalha com a hipótese de suicídio, no entanto, o caso será apurado.
O outro corpo que deu entrada no IML foi o de Givanilson de Jesus Mota Queiroz, de 23 anos. Segundo a ocorrência, a vítima foi alvejada ainda no dia 10 de maio deste ano com várias perfurações de arma branca por um homem cuja identidade não havia sido revelada em uma via na cidade maranhense de Penalva. Após ficar internado em uma unidade de saúde no município, a vítima recebeu alta. Dias depois, voltou a sentir os ferimentos causados pelos golpes de arma branca e, por causa da gravidade do caso, foi encaminhado para o Hospital Socorrão II, onde faleceu. A polícia investiga a motivação do crime. A principal hipótese é de um acerto de contas.
NÚMEROS
Maio/2018
- Homicídios dolosos – 33
- Roubo seguido de morte – 5
- Pessoas mortas em delegacias, núcleos de custódia da Polícia Civil e prisões – 1
- Mortes em confronto com a polícia – 4
Total: 43 mortes violentas
Abril/2018
- Homicídios dolosos – 30
- Roubo seguido de morte – 1
- Pessoas mortas em delegacias, núcleos de custódia da Polícia Civil e prisões – Nenhum
- Mortes em confronto com a polícia – 1
Total: 32 mortes violentas
Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP)

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