Daniel Carvalho e Marina DiasFolha
Apesar de estar no poder e ter 86 segundos de tempo de TV, capilaridade nacional e dinheiro dos fundos eleitoral e partidário, o MDB é hoje alvo do pragmatismo de aliados, que tentam, pelo menos por enquanto, se desvencilhar da imagem do presidente e de seu governo. Essa resistência inicial ao MDB se alastra por todos os partidos da base de Temer no plano nacional, pois apenas regionalmente os arranjos ainda correm de acordo com interesses locais, com certa independência.
Para viabilizar uma alternativa na disputa presidencial, por exemplo, DEM, PP, SD e PRB se uniram no chamado centrão, se afastaram do MDB e iniciaram conversas com pré-candidatos, inclusive com Ciro Gomes (PDT), algo improvável meses atrás.
DEPENDE DA UNIÃO – Para um parlamentar do DEM, a má vontade com o MDB poderá diminuir se o partido de Temer conseguir unir os três grupos que o integram hoje: aquele que defende a candidatura de Meirelles, o que quer o ex-ministro Nelson Jobim na disputa, e a ala mais prática, que quer a manutenção do partido no poder, independente de quem vença as eleições.
Uma liderança do PR, por sua vez, diz acreditar que a rejeição deve durar enquanto Meirelles mantiver sua candidatura. Depois, por sobrevivência, o próprio MDB deve procurar outras siglas para evitar o isolamento eleitoral.
Com dificuldade de furar as resistências dentro do partido e, mais recentemente, em sua antiga seara, o mercado financeiro, Meirelles tenta reagir aos ataques de Alckmin.
ALIANÇA INVIÁVEL – O discurso do ex-ministro da Fazenda é de que uma aliança com o tucano hoje, como gostariam banqueiros e empresários, é inviável.
A aliados, Meirelles reconhece que Alckmin tem sido hostil à gestão Temer e até mesmo desrespeitoso com o presidente e, mais que isso, incoerente ao criticar as reformas defendidas pelo governo e que tiveram o apoio do PSDB.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Se Bolsonaro fechar com o PR, pode atrair outros partidos e de fortalecer. O DEM e o centrão funcionam como moscas de padaria, que pousam em todos os doces. Somente no meio de julho é que as alianças partidárias se consolidarão. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Se Bolsonaro fechar com o PR, pode atrair outros partidos e de fortalecer. O DEM e o centrão funcionam como moscas de padaria, que pousam em todos os doces. Somente no meio de julho é que as alianças partidárias se consolidarão. (C.N.)
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