Ao discursar na convenção do MDB, na manhã deste domingo (29), quando sua filha, Roseana, foi confirmada candidata ao Governo do Estado, o ex-presidente e ex-senador José Sarney disse que nada justifica o governador Flávio Dino (PCdoB) ter feito tão pouco pelo Maranhão em quatro anos. Segundo Sarney, para justificar a sua pouca visão de gestor, Dino só tem dois argumentos: culpar a “oligarquia” e reclamar do pouco tempo que teve à frente do Palácio dos Leões.
Para ele, no entanto, basta a população maranhense comparar o governo atual com o seu, que durou apenas três anos, para perceber a diferença quando quando um gestor público quer e sabe trabalhar.
Sarney lembrou que assumiu o Governo do Maranhão em 1966, quebrando uma sequência de três décadas de mando do ex-senador Victorino Freire, mas o Vitorinismo nunca foi justificativa para não trabalhar e fazer as obras que prometeu em campanha.
Em apenas três anos, listou, construiu o Porto do Itaqui, a Barragem do Bacanga, a Ponte do São Francisco (que foi inaugurada pelo sucessor, Antônio Dino), a Ponte Newton Bello (no Caratatíua), desenvolveu um arrojado programa educacional (um ginásio por mês, uma faculdade por ano e o primeiro sistema de ensino a distância por TV, o Cema), construiu a São Luís-Teresina, a estrada de Buriticupu, trouxe energia de Boa Esperança e uma série de outras obras que mudaram o Maranhão.
O ex-senador disse que, mesmo afastado da vida pública, todos os dias é vítima de ofensas tanto do governador quanto de aliados seus, porém seus agressores escondem que foi ele, como presidente da República, que devolveu a democracia ao povo brasileiro, com a legalização dos partidos comunistas, devolução do direitos dos moradores das capitais elegerem seis prefeitos, convocação da Assembleia Nacional Constituinte e a garantia de programas sociais como Vale Transporte, Sistema Único de Saúde (SUS), Farmácia Popular, Programa do Leite e muitos outros.
José Sarney disse que a eleição de Roseana vai trazer de volta uma era de prosperidade para o Maranhão, que hoje vive tempos sombrios assim como estava em 1965 quando se candidatou a governador. Ele criticou Flávio Dino (PCdoB) por perseguir pequenos comerciantes, pequenos pecuaristas e praticar outras ações impiedosas, como tomar e leiloar motocicletas, automóveis e outros veículos, sem dar tempo ao proprietário de quitar seus débitos; negativar pequenos comerciantes etc.
Segundo ele, sua filha não queria mais se candidatar, entretanto foi feito o apelo dos seus aliados para que voltasse a governar o estado, e este mesmo sentimento é manifestado em todas as regiões do estado.