terça-feira, 21 de agosto de 2018

Maioria do eleitorado desaprova a atuação dos candidatos ao Planalto, diz o Ibope

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Charge do Newton Silva (newtonsilva.com)
Pedro do Coutto
Uma pesquisa interessante foi feita pelo instituto IPSOS para o jornal O Estado de São Paulo, objeto de reportagem de Daniel Bramatti, edição de ontem, indagando se os eleitores e eleitoras aprovam ou desaprovam a atuação dos candidatos na fase atual que antecede a abertura da campanha nas emissoras de rádio e televisão. Prevaleceu a desaprovação o que possivelmente, de acordo com o Ibope, fez a aprovação a Lula subir para a escala de 37%. Esse levantamento numa segunda etapa aponta o quadro sem o ex-presidente.
Aí Bolsonaro lidera com 20, seguido de Marina com 12, Ciro 9, Alckmin 7. Na perspectiva de Haddad substituir Lula, o ex-prefeito da cidade de São Paulo registra 4%. Logo em seguida aparece Alvaro Dias com 3 pontos. Os demais dividiram-se entre os que registram 1 ponto e outros ficam com 0%.
APROVAÇÃO – Mas vamos aos números do cotejo entre aprovação e desaprovação. A atuação de Alvaro Dias é aprovada por 8% contra uma desaprovação de 46. A parcela que eleva o resultado a 100 refere-se aos que não opinaram. Ciro Gomes é aprovado por 19% e desaprovado por 65. Alckmin tem 17 de aprovação e 70 de desaprovação. Guilherme Boulos tem aprovação de 3% e desaprovação de 47. Henrique Meirelles é aprovado por 5 pontos e desaprovado por 80. Bolsonaro é aprovado por 25 e desaprovado por 73. Marina é desaprovada por 61 e aprovada por 30%.
O quadro parece colidir com a pesquisa do Ibope, mas não é bem assim. Os que lideram o levantamento, no fundo, são os que ocupam os lugares de mais destaque, partindo-se do princípio de que a intenção de voto pode divergir da aprovação ou não das ações dos candidatos.  Vamos esperar que o Ibope finalmente tenha focalizado a colocação dos candidatos com base dos segmentos sociais.
Os índices de aprovação e desaprovação podem balizar, daqui para frente o desempenho dos candidatos, em vários casos corrigindo como pode se supor os enfoques menos populares das mensagens.
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ALGUNS EQUÍVOCOS SOBRE BOLSONARO
Em uma entrevista a Naief Haddad, edição de ontem, a historiadora  Heloísa Starling sustenta que Jair Bolsonaro está defendendo um autoritarismo político e não os valores militares que destacou como incluídos em seu programa de governo. A historiadora tem várias obras publicadas, mas no decorrer da entrevista comete alguns equívocos.
O primeiro é comparar a posição atual de Lula com a de Getúlio Vargas em 1945. Não é só a diferença entre o fato de Vargas se encontrar na sua fazenda e Luizs Inácio na prisão. Vale apenas acrescentar que Vargas ditador deposto em 29 de outubro, elegeu-se senador por dois estados e deputado federal por cinco. Seu apoio foi decisivo na vitória do General Eurico Dutra sobre o Brigadeiro Eduardo Gomes.
Um outro equívoco foi o de dizer que Vargas pertencia ao PSD. Na realidade,Vargas foi o criador do PTB.
Mas esses enganos não são importantes para reduzir a importância das palavras de Heloisa Starling. Os enganos se vão com o vento.

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