O dado assustador é do próprio secretário de Saúde do Piauí, Florentino Neto. Após participar de reunião nesta quinta-feira (29) na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, ele revelou que de janeiro de 2017 até outubro deste ano, mais de 500 mortes de bebês e mães ocorreram na Maternidade Dona Evangelina Rosa, a maior do Piauí.
De acordo com Florentino, de janeiro a outubro de 2017 foram 298 mortes. Já de janeiro a outubro de 2018, foram 193 mortes. Somando esses dois números, o resultado é 491 óbitos. No entanto, como não entraram nessa conta os meses de novembro e dezembro de 2017 e o mês de novembro de 2018, não é imprudente afirmar que mais de 500 mortes aconteceram na maior maternidade pública do Piauí de 2017 até agora.
Como se não bastasse o número já ser exorbitante apontado pelo secretário, deputados estaduais da oposição afirmam que o total de mortes em 2018 passa de 200 e não 193, como informa o secretário. Gustavo Neiva (PSB) trabalha com o número de 268 mortes somente este ano na unidade materno-infantil, sendo 253 bebês e 15 mães.
O QUE DIRIA PARA AS FAMÍLIAS?
Após a reunião na Assembleia, o Política Dinâmica questionou Florentino Neto: Se o senhor tivesse a oportunidade de estar de frente com as famílias dos bebês que morreram na Maternidade Dona Evangelina Rosa, o que o senhor diria para essas famílias? O gestor, que assumiu a Sesapi em maio de 2017, garantiu que tudo está sendo devidamente apurado.
Após a reunião na Assembleia, o Política Dinâmica questionou Florentino Neto: Se o senhor tivesse a oportunidade de estar de frente com as famílias dos bebês que morreram na Maternidade Dona Evangelina Rosa, o que o senhor diria para essas famílias? O gestor, que assumiu a Sesapi em maio de 2017, garantiu que tudo está sendo devidamente apurado.
"Essa é uma situação que está sob análise. Nós temos uma comissão de investigação de óbitos na Maternidade Dona Evangelina Rosa, temos toda uma responsabilidade para com esses dados e essa comissão está investigando a causa de cada óbito. No ano de 2017, de janeiro a outubro, nós tivemos lá 298 mortes. Nesse período, de janeiro a outubro de 2018, tivemos 193. Ou seja, do ano passado para cá, nós já conseguimos diminuir o número de óbitos na Maternidade Dona Evangelina Rosa", explicou.
CASOS COMPLEXOS
Mesmo apontando redução em relação a 2017, Florentino fez questão de destacar que a Maternidade Evangelina Rosa é uma unidade de alta complexidade, ou seja, recebe os casos onde a mãe ou o bebê já chegam com a necessidade de cuidados 'extremamente especiais', como UTI materna ou UTI infantil. Apesar disso, ele reconhece que é urgente a necessidade de melhorar os atendimentos e equipar a unidade, construída na década de 1970.
Mesmo apontando redução em relação a 2017, Florentino fez questão de destacar que a Maternidade Evangelina Rosa é uma unidade de alta complexidade, ou seja, recebe os casos onde a mãe ou o bebê já chegam com a necessidade de cuidados 'extremamente especiais', como UTI materna ou UTI infantil. Apesar disso, ele reconhece que é urgente a necessidade de melhorar os atendimentos e equipar a unidade, construída na década de 1970.
NOVA MATERNIDADE
O secretário lembrou também que a construção da nova maternidade de referência para o estado do Piauí, na avenida Presidente Kennedy, em Teresina, vai ajudar a transformar essa difícil realidade. "Nós vamos sair de um prédio improvisado para um prédio que foi pensado para ser maternidade desde a sua concepção. Um prédio para o qual nós já temos R$ 51 milhões assegurados e que nós vamos executar a primeira fase da obra para que ela fique em condições de funcionamento", informou.
O secretário lembrou também que a construção da nova maternidade de referência para o estado do Piauí, na avenida Presidente Kennedy, em Teresina, vai ajudar a transformar essa difícil realidade. "Nós vamos sair de um prédio improvisado para um prédio que foi pensado para ser maternidade desde a sua concepção. Um prédio para o qual nós já temos R$ 51 milhões assegurados e que nós vamos executar a primeira fase da obra para que ela fique em condições de funcionamento", informou.
O valor do contrato para construção da nova maternidade é de R$ 86 milhões, mas ele explica que a primeira parte será concluída e equipada até o quinto andar. Com o restante do recurso que ainda precisa ser adquirido, serão finalizados o sexto, sétimo e oitavo andares, mas já com os primeiros cinco oferecendo plenas condições de funcionamento. "Concluída a primeira fase da obra, a maternidade já poderá ser instalada lá e funcionar lá", assegurou.
A nova maternidade só deve começar a funcionar daqui a mais ou menos dois anos.
Fonte: Politica Dinâmica
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