Deu na Coluna do Estadão
O futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, começou a se aproximar de Renan Calheiros. A convite de Guedes, os dois jantaram na terça-feira em Brasília. Um amigo em comum intermediou o petit comité, mantido até então sob sigilo pelos dois protagonistas. Renan disse a interlocutores que saiu impressionado. E brincou que a partir de agora será liberal com relação a Chicago, em referência à escola de Guedes, e conservador em relação a Curitiba, terra de Sérgio Moro. O futuro ministro também disse a amigos que aprovou o encontro.
Ao longo da noite, Guedes e Renan conversaram sobre o novo modelo de governabilidade que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deseja impor, sem toma lá, dá cá, e a necessidade de desvincular o orçamento da União.
NOVOS AMIGOS – O ministro contou para Renan que a ideia é desvincular R$ 1,5 trilhão do orçamento para cuidar de saúde, educação e obras de infraestrutura. Foi aconselhado a procurar mais senadores para abrir o diálogo e garantir apoio.
Renan Calheiros, que apoiou todos os presidentes da República na redemocratização, tem discurso pronto para sua aproximação com a gestão Bolsonaro. Diz que os dois têm afinidade. Ambos têm filhos chamados Renan.
O fato é que, encerrada a maior parte das indicações para os ministérios, Bolsonaro vai iniciar o diálogo com as bancadas partidárias. Recebe na próxima terça-feira os 30 deputados federais do PRB.
TAMBÉM O PR – Sempre pronto a aderir o PR, de Valdemar Costa Neto, também conseguiu agendar uma conversa com o presidente eleito na próxima quarta-feira.
E partidos que ficaram sem ministério minimizam a falta de cargos. Dizem que Bolsonaro criou o “fisiologismo na nuvem”. O importante é que ele faça o download para que o dinheiro chegue às bases eleitorais.
Nas contas do MPF, se Temer repetir neste ano os termos do polêmico indulto natalino de 2017, pelo menos 21 condenados por corrupção só de Curitiba serão perdoados.
SEM GRANA – A variação cambial de 12% no ano afetou o caixa do Ministério das Relações Exteriores em novembro. Alguns pagamentos, como o de auxílio-moradia, por exemplo, ainda estão pendentes de pagamento neste mês.
Para sair do sufoco e cumprir suas obrigações financeiras, o Itamaraty aguarda o presidente Michel Temer sancionar um crédito suplementar já aprovado pelo Congresso Nacional e outro ainda pendente de votação no Legislativo, no valor total de R$ 219,1 milhões.
AFIF INSISTE – De saída da presidência do Sebrae, Guilherme Afif tem rondado o CCBB. Para membros da equipe de transição, defendeu a recriação do ministério da micro e pequena empresa, que ele ocupou no governo Dilma.
E o futuro presidente do Sebrae foi eleito ontem. Ligados a Michel Temer, o ex-ministro João Henrique Souza foi eleito presidente, e o deputado Carlos Melles, diretor de Finanças. O grupo de Bolsonaro tem proximidade com Vinicius Lages, que será diretor técnico.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não sei, não… Daqui a pouco chamam o Maluf, o Dirceu, o Padilha e o resto da patota, e os eleitores de Bolsonaro de repente podem perceber que não vai mudar muita coisa. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não sei, não… Daqui a pouco chamam o Maluf, o Dirceu, o Padilha e o resto da patota, e os eleitores de Bolsonaro de repente podem perceber que não vai mudar muita coisa. (C.N.)
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