O agente da PF Heitor Camargo de Oliveira Júnior estaria autorizado apenas ao trabalho de proteção de autoridades estrangeiras
Durante reunião com integrantes da equipe do futuro governo federal, um policial não autorizado conseguiu entrar na Granja do Torto, residência oficial que abriga o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) em Brasília até ele assumir a Presidência da República e se mudar para o Palácio da Alvorada.
A informação é do site O Antagonista, que, em primeira mão, obteve um memorando interno da Polícia Federal que relata o episódio e a consequente falha na proteção a Jair Bolsonaro.
“Um policial que não fazia parte da segurança do presidente se identificou na entrada e conseguiu entrar na residência, sem autorização (…) sendo certo, que o policial ficou tentando tirar foto com o presidente”, relata no documento o delegado federal Alexandre Ramagem, que coordena a segurança de Bolsonaro.
Veja o documento:
Questionado por Ramagem, o policial se identificou como o agente da PF Heitor Camargo de Oliveira Júnior, que estaria habilitado apenas para segurança de autoridades estrangeiras. A conduta do agente foi considerada “grave”, motivando pedido de afastamento e abertura de processo disciplinar.
Grupo terroristaA posse de Jair Bolsonaro foi classificada como uma operação de grau máximo de segurança: além de atiradores de elite nos altos dos prédios da Esplanada dos Ministérios, o presidente Michel Temer autorizou a instalação pela área de 12 bases para artilharia antiárea, que serão usadas, como último recurso, caso aeronaves classificadas como hostis invadam a zona de segurança delimitada na Esplanada para a posse.
Vítima de uma atentado à faca durante a campanha eleitoral, Bolsonaro também estaria ameaçado por um grupo terrorista que atua no Distrito Federal. Na manhã desta segunda-feira (31), as polícias Federal e Civil do DF cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços supostamente ligados a integrantes do grupo. Foi encontrado manual de como fazer bombas em um dos dois endereços alvos da operação.
Os investigadores miram o grupo intitulado Sociedade Secreta Silvestre, que assumiu ter confeccionado um artefato explosivo e colocado o dispositivo próximo a uma igreja de Brazlândia na véspera do Natal (24/12). A organização fez ameaças terroristas à posse do presidente eleito.
A operação deflagrada pela PF e PCDF cumpre sete mandados de busca e apreensão no DF, em Goiás e São Paulo, expedidos pela Justiça do DF. Um dos alvos não foi encontrado no outro endereço de Brasília. O suposto grupo mantém um site chamado Maldição Ancestral, no qual diz estar “em tocaia terrorística contra o progresso humano”. Na página da internet, são disseminadas diversas mensagens de ódio e pregados “o caos e o terror no seio da civilização”.
Chamou a atenção da Polícia Civil, que abriu investigação logo depois do Natal, o fato de o grupo ter assumido a autoria do atentado em Brazlândia, inclusive por postar fotos do artefato explosivo antes mesmo de a organização colocar o dispositivo ao lado da igreja. Além de Bolsonaro, eles estariam mirando na a futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e o presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o cardeal Dom Sérgio da Rocha.
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