quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Bolsonaro agiu como um homem de caráter, e o filho Flávio que prove sua inocência

Bolsonaro concede entrevista à agência de notícias Bloomberg, em Davos Foto: Reprodução
Falando à Bloomberg, Bolsonaro deu uma entrevista histórica
Deu em O Globo
Em entrevista para a agência de notícias Bloomberg, em Davos (Suíça), nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que se o senador eleito Flávio Bolsonaro, seu filho mais velho, errou e se isso for provado, ele terá que pagar pelos atos dele. “Se por acaso ele errou, e isso for provado, eu lamento como pai, mas ele terá que pagar o preço por essas ações que não podemos aceitar”, acentuou.
Segundo a agência de notícias, a investigação sobre Flavio Bolsonaro corre o risco de “minar a agenda anticorrupção do presidente”.
QUEIROZ INDEFENSÁVEL – Flávio está na berlinda desde que foram divulgadas as movimentações financeiras atípicas de R$ 1,2 milhão do ex-assessor Fabrício Queiroz, registradas pelo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). Conforme revelou o colunista Lauro Jardim, no domingo, a movimentação do ex-assessor chega a R$ 7 milhões em três anos. Uma das transações listadas diz respeito a cheques no total de R$ 24 mil destinados à primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O presidente explicou tratar-se do pagamento de parte de uma dívida de R$ 40 mil.
A situação do senador eleito se agravou após a revelação pelo Jornal Nacional de que o Coaf encontrou 48 depósitos em dinheiro vivo no valor de R$ 2 mil cada entre junho e julho de 2017 nas contas bancárias de Flávio . Segundo Flávio, o dinheiro é parte do pagamento da venda de uma cobertura em Laranjeiras, no Rio.
A transação em dinheiro vivo foi confirmada pelo ex-atleta Fábio Guerra, que comprou o imóvel. No entanto, as datas dos depósitos fracionados divergem dos pagamentos registrados na escritura de venda do imóvel.
MAIS DENÚNCIAS – Na quarta-feira, após operação do Ministério Público contra milícias no Rio, também veio à tona a informação de que Flávio Bolsonaro empregava a mulher e a filha do ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia do Rio das Pedras e tido como o homem-forte do Escritório do Crime, organização suspeita do assassinato de Marielle Franco.
A mulher de Adriano, Danielle Mendonça da Costa, foi nomeada em 2007 poucos meses depois de Fabrício Queiroz, passar a integrar o gabinete na Assembleia Legislativa do Rio, e permaneceu no cargo durante 11 anos até 13 de novembro do ano passado, quando foi exonerada a pedido – terminologia utilizada quando o servidor pede sua desvinculação do cargo comissionado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Nada de novo na frente ocidental, diria o escritor Erich Maria Remarque. Na verdade, Bolsonaro apenas repetiu o que já havia dito lá atrás, logo que foi noticiada a existência de movimentação atípica na conta de Queiroz. E quando deu essa declaração, o presidente estava incluindo o filho mais velho no pacote, como repetiu agora. Era justamente isso que o povo brasileiro estava aguardando de seu governante – uma postura rígida contra a corrupção, doa a quem doer, cortando na própria carne. Bolsonaro agiu como um homem. Fez uma declaração histórica, que o libertou para fazer o governo que se espera dele. E que Deus o ajude nessa missão gloriosa. (C.N.)

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