Com socos e pontapés, o suspeito que diz ser membro do CV, agrediu ainda familiares, um vizinho que deu proteção a ela e até policial que atendeu a ocorrência
O suspeito C. M., de 19 anos, começou a beber na manhã de terça-feira (1º) e as agressões verbais que fez à mulher ao longo do dia culminaram em agressão física contra ela. Sobrou para muita gente. Familiares que tentaram intervir, um vizinho da casa em que ela buscou refúgio e até um dos policiais que atenderam a ocorrência foram vítimas de socos e pontapés. Os crimes aconteceram em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá (MT).
Os militares que foram até o local averiguar a denúncia de agressão, encontraram o jovem já contido por populares, mas ainda bastante exaltado e agressivo.
A vítima contou que eles estavam na residência de familiares e que, durante a noite, ele passou a agredi-la fisicamente. Os parentes que tentaram intervir também levaram socos e pontapés.
Para se proteger e preservar o bem estar dos filhos, ela se escondeu na casa do vizinho da frente. Quando o suspeito descobriu que ela estava lá, invadiu a residência e agrediu o proprietário, E. N., 33, com um soco no lado esquerdo do rosto. Com a força do golpe, o vizinho caiu em cima de garrafas de vidro, ferindo a perna.
Ele foi socorrido por familiares que o levaram até o Pronto-Socorro de Várzea Grande por conta do corte profundo que sofreu na coxa.
Membro do CV
Depois de feri-lo, o suspeito partiu para cima da esposa e continuou a agredi-la. Foi então que populares intervieram e o contiveram até a chegada da polícia.
Não foi o bastante, pois um dos policiais foi atingido com um chute. Algumas das vítimas disseram que ele havia feito ameaças aos presentes, dizendo que era membro da facção criminosa Comando Vermelho e que teria uma pistola e que assim que saísse da cadeia iria matar a todos que estavam na residência.
Com a mulher, os policiais seguiram também para a casa dele, no bairro Água Vermelha com intuito de localizar a arma, porém, ela não foi localizada.
Medida protetiva
A mulher contou à polícia que reatou o relacionamento há cerca de uma semana e que possui inclusive, medida protetiva. Ela reatou por estar sendo ameaçada de morte caso não reatasse o relacionamento.
O suspeito disse também, que se ela fugisse para outro Estado, ele mataria um familiar dela para forçá-la a vir ao velório, ocasião em que também seria morta.
A vítima teme por sua vida, já que as ameaças de morte são constantes. Durante o trajeto até à delegacia, para onde os dois foram encaminhados, ele ainda a ameaçava, dizendo que se ela não o tirasse da delegacia, assim que saísse ele a mataria.
Desacato
Também desacatou os policiais, chamando-os de “porcos malditos”, “desgraçados” e “vermes”, dizendo inclusive que eles mereciam morrer.
Ele apresentava escoriações pelo corpo e rosto, ocasionadas por conta da força que as pessoas que o seguraram até a chegada da polícia tiveram que usar.
Ele deve responder por embriaguez, lesão corporal, ameaça e desacato.
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