quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Cacique indígena é assassinado com cinco tiros dentro da própria casa, em Manaus


 

Francisco de Souza Pereira, da etnia Tukano, foi morto durante a madrugada, na frente da esposa. Polícia suspeita de rixa por conta de terrenos ou por ele combater o tráfico na região
 
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(Foto: Divulgação e Winnetou Almeida)
Márcia MonteiroManaus
O cacique Francisco de Souza Pereira, de 53 anos, foi executado madrugada de hoje (27) na residência onde morava, na rua Bahia da Comunidade Urucaia, Conjunto João Paulo, bairro Nova Cidade.
Segundo familiares da vítima, o crime aconteceu por volta de 1h30. Três homens que estavam encapuzados arrombaram a casa da vítima, que estava acompanhada da esposa e da filha deles. Após uma curta discussão, os suspeitos atiraram cinco vezes contra o cacique, que foi atingido três vezes na cabeça e duas no tórax.
O cacique, da tribo Tukano, era responsável por 42 comunidades, inclusive pela distribuição de terras entre os indígenas.
A polícia trabalha com duas linhas de investigação: uma é de que o crime tenha sido motivado porque a vítima discutiu com um casal que pediu dele um terreno. Como o casal demorou para construir a residência, o cacique resolveu dar o espaço a outra pessoa que estaria com mais pressa para obter uma moradia. A outra linha, segundo a polícia, é que o líder comunitário não aceitava o tráfico de drogas nas comunidades, principalmente na que ele escolheu para morar, dando -lhe o nome de Urucaia, que significa "Coragem, Força e Poder".
Uma vizinha e índia da mesma etnia que Francisco relatou que o homem não tinha problemas pessoais com ninguém, pois era conhecido por ajudar. Já a esposa de Francisco afirma que ele já havia recebido ameaças pelo telefone, que foi levado da casa durante o crime.
O corpo do índio foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, será levado para o município de Itacoatiara, cidade natal do cacique.
As investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) entorno do caso continuam.

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