Operação teve sete mandados de busca e apreensão. Ministro do turismo, Marcelo Álvaro Antônio, teria comandado esquema de corrupção
Na manhã desta segunda-feira (29/04/2019), a Polícia Federal deflagrou investigação para apurar supostas irregularidades na aplicação de recursos de campanhas eleitorais femininas de um partido político em Minas Gerais. De acordo com apuração do Metrópoles, a inspeção é referente ao Partido Social Liberal (PSL) no estado. O início da Operação Sufrágio Ostentação teve sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte.
Dois dos mandados foram cumpridos na capital mineira. Outros dois ocorreram na cidade de Contagem, o quinto em Coronel Fabriciano, outro em Ipatinga e o sétimo em Lagoa Santas. Na ação, policiais apreenderam documentos relativos à produção de material gráfico para as campanhas eleitorais.
Ministro do TurismoNão é a primeira vez que o suposto esquema de corrupção no partido está em foco. Desde fevereiro, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), é alvo de apurações por ter, supostamente, participado de esquemas de candidaturas laranja em Minas Gerais com o objetivo de desviar recursos eleitorais e beneficiar empresas relacionadas ao próprio gabinete.
A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo. De acordo com o veículo, no esquema, mulheres eram convidadas a se candidatar a uma vaga no pleito de 2018 e, em troca, deveriam devolver parte do dinheiro do Fundo Eleitoral ao partido, cuja direção regional estava sob o comando do ministro.
Álvares Antônio foi, inclusive, acusado por integrantes do PSL em Minas Gerais de convidá-las para concorrer aos cargos de deputado federal nas eleições de 2018. Em troca, elas deveriam devolver parte do dinheiro recebido. A Polícia Federal informou anteriormente que havia elementos que apontavam a participação do ministro no esquema.
Durante audiência no Senado no último dia 10 de abril, Álvaro Antônio negou as acusações contra ele. “Sempre agi dentro da legislação”, disse o ministro do Turismo.
Com informações da Polícia Federal
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