Aumentou o número de venezuelanos em Teresina. Nessa terça-feira (28) mais 20 imigrantes chegaram na capital e ocuparam a Praça do Saraiva, no Centro da cidade. Agentes de Proteção Social (APS) da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) realizam monitoramento da situação.
Entre os venezuelanos há crianças com aparência de 4 e 5 anos e idosos. O Cidadeverde.com flagrou uma senhora de aproximadamente 80 anos se protegendo do sol com um papelão e, nitidamente, precisando de atendimento médico. Para tentar sobreviver, eles pedem doações e estão vendendo água e balas nos semáforos.
"Precisamos de uma casa para as crianças. Saímos da Venezuela, passamos por Boa Vista, Manaus, seis dias de barco até Belém. Ficamos lá cinco meses e não conseguimos nada, por isso viemos para cá", disse o venezuelano Celso Garcia.
O grupo está acampado na Praça Saraiva, em frente a Casa da Cultura. No local, eles armaram redes e improvisaram um varal com roupas. Em meio ao cenário de tristeza, gestos de solidariedade.
Foto: Roberta Aline/ Cidadeverde.com
"Pessoal vem de tão longe, passando por tanta necessidade. Não custa nada ajudar um pouco. Tem muita gente que tem casa boa, comida e às vezes ainda se reclama da vida. E eles que estão no meio da rua, nem um local pra ficar não tem! A gente se colocou no lugar deles e veio ajudar. Fome dói", disse Gilberto Ferreira que levou doações de alimentos, assim como outros teresinenses que se solidarizaram com os desabrigados.
Com a chegada de mais 20 imigrantes, o número de Venezuelanos em Teresina chega a 80. No último 12 de maio um grupo de 60, após percorrer cidades do Pará e do Maranhão, montou alojamento na Praça do Estádio Lindolfo Monteiro, região Centro-Norte de Teresina. Parte deles foi abrigada em um Centro Social na zona Norte da capital.
Ontem a Fundação Municipal de Saúde (FMS) desenvolveu ação de atualização da caderneta de vacinação dos venezuelanos. “A investigação feita pela FMS mostrou que o cartão de vacinação tanto dos adultos como das crianças estão com muitas falhas, e nós pensávamos que íamos vacinar os 52 venezuelanos. Infelizmente somente 15 compareceram, agora vamos nos programar para ver de que maneira podemos atuar para conseguir regularizar a vacinação dessa população”, disse Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS.
Graciane Sousa e Izabella Pimentel
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