Foto: Roberta Aline
Em entrevista ao Cidadeverde.com, o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, afirmou nesta sexta-feira (30) que se a eleição fosse hoje, ele seria o melhor nome do partido para disputar o governo do estado em 2022.
Ciro disse ainda que os prefeitos do Progressistas não aceitarão votar em um candidato que não seja do partido no pleito de 2022. Ele também fala da possibilidade do prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), se filiar à sigla.
"Chegou o momento do Progressistas disputar a eleição de governador. Tínhamos um compromisso, em 2018, com o governador, se ele tivesse direito à reeleição nós iríamos apoiar e cumpri nossos compromissos e agora chegou a hora do Progressistas. Temos o maior número de prefeitos do Piauí, um senador da República e por que não ter candidato a governador? Todos os prefeitos, todas as lideranças, a população querem um candidato progressista. O Progressistas tem 80 prefeitos e o segundo colocado não tem nem 30 prefeitos. Se a eleição fosse hoje, o candidato seria o senador Ciro porque é o melhor nome hoje. Em eleição tem que se colocar o melhor nome. Temos outros nomes que são fantásticos como a Iracema Portella, a Margarete Coelho, e outros nomes que podem se filiar ao partido como o prefeito Firmino Filho (PSDB). Ele é um grande aliado e almeja legitimamente ser candidato a governador. Sempre coloquei que se o Firmino for candidato a governador tem que ser pelo Progressistas para ter nosso apoio. Não tem sentido um partido com essa musculatura não ter candidato. Tenho certeza que os prefeitos do Progressistas não vão aceitar votar em um candidato de outro partido. Isso já me comunicaram”, disse.
O Progressistas é hoje aliado do governo do Estado. O partido apoiou a reeleição do governador Wellington Dias e espera pela reciprocidade petista. Ciro fala dessa possibilidade mesmo com o seu nome sofrendo rejeição por grupos petistas.
“Desde 2014 que se fala que iríamos romper. Que teria uma disputa, uma briga entre o governador Wellington Dias (PT) e eu. Sempre estivemos unidos. Sempre tratamos o interesse público acima dos interesses e disputas. Já apoiamos o PT em duas oportunidades. Não seria justo recebermos o apoio agora? Acho que sim. É uma decisão do PT. Jamais vou exigir isso e cobrar fratura por ter apoiado ele. É uma decisão interna e temos que saber respeitar. É muito importante termos esse apoio”, disse.
O senador afirma que as denúncias que tem sido alvo em processos oriundos da operação Lava Jato não irão interferir no projeto político de ser governador.
“Ninguém chega no patamar que cheguei como presidente nacional de um partido, com uma influência muito grande, sem viver esse tipo de situação. Até hoje nunca fui condenado em nada. Os processos estão sendo todos arquivados. Há pouco tempo atrás mais um foi arquivado. São situações que todo homem público deve está prestando contas de qualquer tipo de acusação. Pode ser a acusação mais absurda do mundo, mas tem que abrir seu sigilo e prestar contas à sociedade. Isso é mais que natural. Jamais vou me negar a prestar contas. Confio na Justiça do meu país. Confio nos homens de bem e agora acredito muito na nossa inocência. Tenho uma história de vida sem nenhuma mácula. Tenho que ter minha cabeça erguida representando bem meu estado e trazendo investimentos para o Piauí. Isso trabalhando dia e noite por este estado. Acho que pode ter alguém tão apaixonado como eu pelo Piauí, mas mais do que eu não existe. Tenho que continuar trabalhando e passar por cima dessas denúncias absurdas. Isso dói. Não é bom ser acusado injustamente. Tenho que enfrentar. Não poso abandonar a vida pública por isso. Tudo vai ser provado e temos que continuar trabalhando cada dia mais”, comentou.
Confira a entrevista na íntegra:
Lídia Brito
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