Suspeita da PGR é que ele teria usado um policial federal aposentado para atrapalhar as investigações do caso, plantando testemunha falsa
FOTO: MICHAEL MELO/METRÓPOLES
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que há “indícios de autoria intelectual” do homicídio da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e do motorista Anderson Gomespor parte do conselheiro afastado, mas não expulso, do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Inácio Brazão. A PGR acredita ainda que ele pode ter usado a estrutura de seu cargo para obstruir as investigações do caso. As informações são do jornal O Globo.
Brazão ainda tem direito ao foro privilegiado por ser conselheiro do Tribunal de Contas carioca e, por isso, os indícios de sua participação podem resultar no envio das investigações de homicídio para o STJ, o que iria transferir o inquérito da morte da vereadora, atualmente na Justiça Estadual, para a competência da Polícia Federal e da PGR.
As afirmações de Dodge têm como base um pedido sigiloso enviado pela Procuradoria ao Superior Tribunal de Justiça para ter acesso às provas do inquérito da Polícia Federal sobre a obstrução das investigações de Marielle — que indiciou o miliciano Rodrigo Ferreira, o Ferreirinha, e a advogada Camila Moreira como envolvidos em uma trama para desviar o foco das investigações.
A suspeita de Dodge é que o conselheiro tenha utilizado o policial federal aposentado Gilberto Ribeiro da Costa, que era funcionário de seu gabinete no TCE-RJ, para atrapalhar as investigações do caso, plantando uma testemunha falsa. A investigação aponta suspeitas de que o conselheiro tenha ligação com o grupo miliciano conhecido como “Escritório do Crime”, suspeito de participar do duplo homicídio.
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