O primeiro de setembro de 2019 foi de resistência aos que participaram da 18° edição da Parada da Diversidade, na avenida Raul Lopes, zona Leste de Teresina. O evento encerra a 15º semana do Orgulho de Ser.
Para a coordenadora do evento, membro do grupo Matizes, Marinalva Santana, a Parada da Diversidade deste ano é um ato de enfrentamento diante da atual conjuntura política e social do país. Com o tema "Rexistirmos, a que será que se destina", centenas de pessoas se uniram para lutar contra o preconceito e a discriminação por causa da sua sexualidade ou gênero.
"O tema tem relação com o momento difícil que nós estamos vivendo, de conservadorismo, de perdas de direitos. Nós, do Matizes, acreditamos que diante dessas atitudes adversas envolvendo o facismo que tanto nos assombra, precisamos resistir, pois é a melhor resposta que a gente pode ser neste momento. Resistir e enfrentar essa conjuntura adversa que aumenta a violência contra os LGBT, contra as mulheres, contra os negros", disse Marinalva Santana.
A caminhada acontece na avenida Raul Lopes, do balão próximo a uma grande loja de departamento até o complexo da Ponte Estaiada, onde um palco foi montado para apresentações artísticas locais e nacionais. Dentre estas, a da cantora Sandra de Sá.
As cores símbolo da luta LGBT estiveram presentes em bandeiras, roupas e maquiagens. Os participantes soltaram a imaginação e agitaram a avenida com alegria, muito colorido e brilho, como o jornalista André Santos, que foi vestido de "cupido gay".
"Sempre é uma boa oportunidade de encontrar um amor se você está solteiro. Então, vim de cupido, o meu próprio cupido", brincou.
A madrinha e o padrinho da Parada da Diversidade deste ano também marcaram presença. Os escolhidos por votação popular foi o artista Benício Ben e a professora Letícia Carolina. Para ela, essa parada é um grito para o momento político do país de que não adianta apenas existir, é preciso resistir, como destaca o tema do evento.
"Existem forças que prosperam na política nacional que querem a nossa destruição, que querem a nossa não existência. Então, nós estamos aqui para gritar: nós existimos".
Carlienne Carpaso
cidadeverde.
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