quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Ministério volta atrás e libera pesca do camarão na divisa do Piauí e Ceará

 

Foto: Hérlon Moraes
O governo federal voltou atrás e suspendeu a medida extraordinária que proibiu a pesca de três espécies de camarão na divisa do Piauí com o Ceará, por conta das manchas de óleo. Segundo a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), há dados que mostram que a proibição não é necessária.
“A gente já tem dados mostrando que não é necessário. A lagosta está sendo examinada, o Ministério da Agricultura está fazendo uma série de testes, não há nada que justifique acabar com a pesca agora”, afirmou a ministra.
A proibição da pesca de camarão já começaria nesta sexta-feira (1) e se estenderia até 31 de dezembro. A medida valia para as espécies de camarões rosa (Farfantepenaeus subtilis e Farfantepenaeus brasiliensis), branco (Litopenaeus schmitti) e sete barbas (Xiphopenaeus kroyeri).
De acordo com Tereza Cristina,  o Ministério proibiu a pesca por precaução. "Como nós não sabíamos como era essa mancha, enquanto isso estava sendo analisado, nós suspendemos a pesca em vários estados brasileiros onde esse petróleo chegou”, disse. 
Além do Piauí e Ceará, a pesca do camarão voltou a ser liberada na divisa da Bahia e Espírito Santo, e na divisa dos municípios de Mata de São João e Camaçari, na Bahia, além de Pernambuco e Alagoas.
Óleo no litoral do Piauí
Das 16 praias do litoral do Piauí, seis foram atingidas pelas manchas de óleo que estão poluindo a costa da região Nordeste. Os dados são da Marinha. Os últimos registros aconteceram no dia 30 de setembro nas praias de Atalaia, Peito de Moça e Coqueiro - ambas em Luís Correia - e Pedra do Sal em Parnaíba. O primeiro caso foi registrado no dia 28 de setembro na praia do Arrombado, e no dia seguinte em Cajueiro.
O desastre ambiental afetou ainda o ecossistema do Delta do Parnaíba, localizado entre os estados do Piauí e Maranhão. A contaminação pode quebrar o ciclo de diversas espécies marinhas do litoral brasileiro, com impacto também socioeconômico nas comunidades que vivem no seu entorno.

Hérlon Moraes
 cidadeverde 

Nenhum comentário:

Postar um comentário