Maranhão tem cerca de 40 mil índios distribuídos em 22 terras indígenas e para todas a orientação é evitar sair das aldeias ou receber visitas.
Com medo de que o novo coronavírus chegue até as aldeias, entidades que trabalham diretamente com as comunidades indígenas decidiram orientar os caciques de todo o Maranhão a adotar medidas de precaução nas aldeias.
Na terra indígena Caru, entre os municípios de Alto Alegre do Pindaré e Bom Jardim, vivem cerca de 500 índios das tribos Guajajaras e Awajá, sendo os Guajajaras a maioria. Eles atuam como protetores dos Awa, que foram contactados há pouco tempo. Muitos indivíduos dessa etnia ainda vivem isolados na mata e nunca foram vacinados, e por isso não têm imunidade as doenças conhecidas nas cidades.
O território já é protegido por uma barreira natural: o Rio Pindaré. Para se precaver ainda mais com o coronavírus as lideranças da comunidade resolveram barrar qualquer tipo de visita, com exceção dos profissionais de saúde.
Na Reserva Alto Turiaçu existem cerca de 1.500 índios. Os Ka´apor também estão recolhidos nas aldeias. O Maranhão tem cerca de 40 mil índios distribuídos em 22 terras indígenas. Para todas a orientação é evitar sair das aldeias ou receber visitas. Os líderes tem agido de acordo com as recomendações da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão ligado ao Ministério da Saúde (MS).
O controle é mais difícil em terras indígenas cortadas por rodovias. São, pelo menos, quatro nessa situação no estado do Maranhão. Uma delas é a terra indígena Pindaré, por onde passa a BR-316. Mesmo assim, as lideranças no local afirmam que tem conseguido manter as medidas de prevenção ao novo coronavírus.
A proximidade de menos de 15 km do município de Santa Inês, a 250 km de São Luís, onde há casos suspeitos da COVID-19 fez até com que fossem canceladas as comemorações do Dia do Índio, em 19 de abril. Placas feitas às pressas avisam sobre as restrições. Tudo para resguardar uma comunidade de cerca de 1.800 índios.
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