Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com
Hospital de Urgência de Teresina: corpo funcional reduzido em mais de 5% por conta do coronavírus
Mais de 100 profissionais do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) se afastaram das atividades, desde que começou o esforço concentrado para o combate ao novo coronavírus e seus efeitos. A maior parte dos afastamentos atende aos cuidados para grupos específicos, como maiores de 60 anos, portadores de doenças que reduzem a imunidade, gestantes e lactantes. Mas casos de pedidos de licenciamento direto. Esse número corresponde a mais de 5% de todo o contingente funcional do HUT, que conta com cerca de 2.000 colaboradores.
Hospital de Urgência de Teresina: corpo funcional reduzido em mais de 5% por conta do coronavírus
Mais de 100 profissionais do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) se afastaram das atividades, desde que começou o esforço concentrado para o combate ao novo coronavírus e seus efeitos. A maior parte dos afastamentos atende aos cuidados para grupos específicos, como maiores de 60 anos, portadores de doenças que reduzem a imunidade, gestantes e lactantes. Mas casos de pedidos de licenciamento direto. Esse número corresponde a mais de 5% de todo o contingente funcional do HUT, que conta com cerca de 2.000 colaboradores.
Desse total, ainda não há nenhum caso afastado por apresentação de sintomas condizentes com o coronavírus. Esse tipo de ocorrência está sendo verificada em outras áreas do país. Na cidade de São Paulo, por exemplo, apenas o hospital Albert Einstein teve 350 profissionais (2% de todo o seu contingente) afastados pela apresentação de sintomas – sendo que mais da metade já teve o diagnóstico confirmado e cerca de 50 ainda aguardam resultado dos exames. O Hospital das Clínicas afastou 125 com sintomas, o Sírio Libanês já confirmou a infecção de 102 funcionários e a rede de saúde do município contabiliza 1.100 profissionais afastados.
No caso do HUT, o afastamento de mais de 5% do corpo funcional gera preocupação. O diretor do hospital, Rodrigo Martins, confirmou o grande número de afastamentos. “Estamos em uma situação em que precisamos esforços somados, não subtraídos”, lamenta o diretor da unidade de saúde. Ele lembra que, em situações normais, o HUT já não trabalho com folga, especialmente pela pressão de pacientes de outros municípios. Essa pressão tende a crescer muito com a pandemia do coronavírus, e a diminuição de pessoal torna-se um complicador a mais.
Para se ter uma ideia, somente em um único setor do HUT, ontem foram registrados cinco afastamentos, todos de lactantes ou gestantes – grupo que recebe atenção especial nesse período de pandemia.
Afastamentos também na rede básica
O quadro de redução de pessoal registrado no Hospital de Urgência de Teresina não é um caso isolado: os afastamentos também estão sendo registrados na rede básica, nas unidades de entradas nos bairros. Nessas unidades, o comportamento é semelhante ao verificado no HUT. Se a média prevalecer, o número de afastados pode ser multiplicado por quatro. O detalhe é que o HUT, com 2.000 funcionários, responde por menos de 20% dos 11 mil servidores da Fundação Municipal de Saúde.
Desse total de servidores da FMS, uma parte está no setor de apoio administrativo. Mas pelo menos 8.000 funcionários estariam atuando diretamente na rede de atenção. Se a proporção de afastamento verificada no HUT for observada nas outras unidades, o sistema municipal de saúdeteria hoje mais de 400 servidores fora de suas atividades. Essa diferença é um complicar para o bom atendimento, já que a demanda tende a aumentar vertiginosamente.(Fenelon Rocha)
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