Uma jovem da Bahia, que nasceu em Brasília, passou em 6 universidades estrangeiras na Europa e EUA, mas não tem dinheiro para pagar os estudos.
Ana, que mora na periferia de Salvador, está vendendo livros, roupas, fazendo rifas e dando aulas de inglês para ajudar a arrecadar o valor total.
Ela também abriu uma vaquinha online pra ver se consegue levantar o dinheiro a tempo.
“Faltam cerca de R$ 95 mil. Por isso, decidi criar uma vaquinha virtual”, disse.
O valor inclui passagens, visto, custos com moradia, alimentação, saúde e transporte, nos primeiros 12 meses.
Criada no bairro de Cajazeiras, ela passou “apertos” financeiros e convivia com realidades diferentes todos os dias. Por isso, o propósito da vida de Ana Carla é mudar a vida das pessoas. É pra isso que ela vai estudar.
Durante o mestrado, Ana conta que pretende fazer pesquisa e criar projetos em temas vinculados à pobreza e desigualdade para desenvolver as próprias reflexões e estratégias e gerar mais impacto na comunidade, trabalhando nas Nações Unidas.
Mestrado
Ana Carla Carlos, de 30 anos, lançou uma campanha de financiamento coletivo para estudar mestrado numa das melhores instituições do mundo, o Graduate Institute of International and Development Studies (IHEID), na Suíça.
Ela é formada em Relações Internacionais desde 2009 e a IHEID pede que ela se apresente até outubro deste ano.
A campanha da Ana se chama @ajudeanaaestudar – no perfil no Instagram – e também está no Catarse, pra receber as contribuições.
Ela gravou um vídeo explicando o motivo de querer estudar fora. (assista abaixo)
“Desafios financeiros não devem limitar os nossos sonhos”. A frase, foi ensinada desde muito cedo pela mãe para Ana Carla Carlos e parece ter tido um efeito muito mais forte do que dona Ana Cristina talvez poderia imaginar.
Própósito
Desde muito nova, ela diz que tem certeza de que o seu propósito é impactar e mudar a vida das pessoas, e cursar esse mestrado será decisivo para que possa adquirir conhecimento e colocar isso em prática.
Ana estagiou ainda na UNICEF, o Fundo das nações Unidas para a Infância, onde coordenou um projeto sobre o impacto da Copa do Mundo na Bahia, entre 2015 e 2019.
O projeto apoia municípios para reduzir desigualdades de crianças e adolescentes do semiárido.
Por Andréa Fassina, da redação do SóNotíciaBoa
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