De O Estado
A deputada estadual Detinha, pré-candidata a prefeita de São Luís pelo PL, é a quarta entrevistada de O Estado, na série iniciada no dia 18 de junho e que se propõe a ouvir todos os pré-candidatos a prefeito da capital até o início do mês de agosto.
Na entrevista, Detinha falou sobre o seu projeto para a capital do Maranhão e sobre a experiência de gestão pública acumulada ao longo de sua trajetória na política.
Ela também afirmou desconhecer o consórcio de candidatos, apontado nos bastidores, que teria o apoio pelo chefe do Executivo Estadual, governador Flávio Dino (PCdoB). E garantiu que seu projeto de candidatura não foi uma espécie de retaliação ao Palácio dos Leões – num momento em que, segundo aliado, o PL sentia-se desprestigiado na estrutura administrativa do Governo do Estado.
Abaixo, a íntegra da entrevista.
Como se deu a construção de sua pré-candidatura a Prefeitura de São Luís?
Se deu através de algumas reuniões entre os membros dos partido PL, Avante e Patriota. Fui indicada pela minha experiência como gestora e grande currículo em atividades administrativas. Mas também, pela minha história como prefeita em Centro do Guilherme, na qual fui eleita e reeleita com uma grande aprovação do povo.
Você pode afirmar que conhece os problemas da capital maranhense, depois de ter atuado por quase duas décadas somente no interior do estado [Maranhãozinho e Centro de Guilherme]?
Dos 12 anos que passei em atividades administrativas nos municípios de Maranhãozinho e Centro do Guilherme, sempre precisei estar também na capital de São Luís para resolver assuntos pendentes dos municípios, ou seja, nunca passei mais de 30 dias sem vim em São Luís. Além disso, já morei nos bairros Cohatrac e São Cristóvão por muito tempo, assim como moro até hoje. Convivo com os problemas da capital desde que escolhi esse Estado para viver.
De que forma você acredita que pode superar a estrutura política de adversários, que possuem bases já consolidadas em São luís?
Sou gestora. Tenho experiência à frente da gestão municipal por 08 anos, o que me torna um diferencial diante dos adversários, enquanto nenhum deles tem essa experiência. Minha história é baseada em superação, acreditando sempre na sensibilidade dos ludovicenses. Minha trajetória política me credencia, por isso tenho compromisso com o povo.
A sua pré-candidatura possui apoio ou a simpatia do governador Flávio Dino?
Não tenho apoio ainda, simpatia espero que sim (risos). O PL é um partido independente nas suas ações e escolhas.
Qual a participação efetiva do deputado federal Josimar de Maranhãozinho, o seu esposo, na consolidação de sua pré-candidatura?
Na reunião em que foi decidido colocar o meu nome como pré-candidata, ele estava presente, claro. Nesse momento, não temos como deixar de lado a posição como esposo e pai dos nossos filhos. Temos um grande amadurecimento quando se trata da relação de um apoiar o outro. Sempre buscamos superar os desafios juntos.
Assim que foi anuncia a sua pré-candidatura, muito se falou sobre que o projeto seria uma retaliação ao Palácio dos Leões, por não abrir mais espaços ao PL. Existiu algum tipo de negociação nesse sentido?
Nunca, jamais. Tenho um respeito enorme pelo próximo e coloco meus projetos nas mãos de Deus. Estamos tratando com vidas iguais as nossas, algo muito sério para ser tratado dessa forma, por esse tipo de sentimento que nunca tivemos quando se trata do Palácio.
Qual a sua avaliação a respeito da gestão do atual prefeito de São Luís?
Os ludovicenses lhe concedeu a oportunidade de trabalhar por 08 anos. Eu acredito que se ele fez, eu tenho capacidade e experiência para fazer muito mais.
Apesar de já ter anunciado a pré-candidatura desde fevereiro, pouco se notou movimentações suas em direção ao pleito. Você tem conseguido obter apoio para a disputa eleitoral?
Eu gosto das pessoas, de estar junto, olhar nos olhos e sentir as verdadeiras necessidades de cada um. Nesse momento de pandemia, não pude estar fazendo essas ações, então respeitei bastante o distanciamento social. Mas, sim, os acordos continuaram sendo feitos pelos meios permitidos.
Muito tem se falado na existência de um “consórcio” de pré-candidatos ligados ao Governo do Estado, numa estratégia para derrotar o primeiro colocado nas pesquisas de intenções de votos, deputado federal Eduardo Braide. Esse “consórcio” incluiria partidos como o PCdoB, PDT, DEM e outros. Qual a sua avaliação a respeito desse tipo de estratégia?
Se existe esse tipo de “consórcio “, não faço parte e nem fui convidada [risos].
Qual a sua avaliação a respeito do adiamento das eleições municipais? Haverá algum tipo de prejuízo para o eleitor e para os candidatos?
Estamos vivendo um ano de situações novas, onde todos estamos nos adaptando aos poucos. Acredito que o nosso povo precisa antes de tudo, se sentir mais seguro, para que, então, possa fazer uma escolha tão importante.
De que forma você analisa o atual cenário político do país, com instabilidade entre o Executivo, o Congresso Nacional e o Poder Judiciário?
Uma grande tristeza. Estive em Brasília recentemente e a insegurança no cenário é visível. Além do povo ter que passar por problemas causados pela pandemia, ainda tem que passar por toda essa instabilidade na política.
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