sábado, 1 de agosto de 2020

Filha de 4 anos pediu ao padastro que não matasse a sua mãe, dizem familiares

A criança de 4 anos, que presenciou o assassinato da mãe, pediu que o padrasto não cometesse o crime, ao presenciá-lo com uma faca na mão, diz os familiares da vítima. O crime ocorreu no dia 19 de julho, mas o suspeito, que é um empresário, proprietário de uma farmácia em Piracuruca, se entregou à polícia somente nesta semana. O empresário, identificado como Rocha Brito, está preso e confessou o homicídio da companheira na cidade de Piracuruca. O casal manteve uma relação amorosa por um ano, e moravam na mesma casa há três meses. De acordo com a investigação policial, durante uma discussão com a companheira, o empresário a golpeou seis vezes com uma faca. A vítima morreu no local. Na hora do crime, o suspeito fugiu do cenário. Quando a polícia chegou a casa, após receber a informação do homicídio, a criança estava sozinha com a mãe e disse que o "pai Rocha" teria matado a mãe dela. A polícia fez diligência e chegou a localizar o empresário na zona rural do município, mas ele abandonou o carro e empreendeu fuga pela mata. Dias depois, ele se entregou na Delegacia Regional de Piracuruca, onde recebeu voz de prisão. O delegado Hugo de Alcântara relata que o "suspeito, companheiro da vítima, se apresentou na presença de um advogado. Foi dado cumprimento ao seu mandado e feito o interrogatório". "Durante o interrogatório, o indiciado se defendeu alegando legítima defesa ou questão de acidente, dizendo que a vítima era ciumenta e estaria correndo atrás dele com uma faca. O laudo pericial já foi emitido para a delegacia; já temos o laudo pericial, tanto o cadavérico como o de local de crime, falta apenas uma diligência". O delegado ressalta que o crime foi praticado na presença de uma criança, e isso agrava a pena. "O preso já se encontra recolhido e à disposição da Justiça". Relação Abusiva Os familiares de Francisca Soares questiona a defesa do empresário e afirmam que a vítima vivia uma relação abusiva. Eles também relatam o depoimento da criança, que contou aos parentes que ela estava no quarto quando o empresário pegou uma faca na cozinha. "Ela disse 'pai Rocha não mata a minha mãe. Ele começou a esfaquear ela, E ele diz que foi legítima defesa", diz a irmã da vítima, Fátima Alves. A irmã também relata uma discussão do casal em que o empresário disse para a mãe de Francisca que iria matá-la. "Ele começou a falar que ela não valia nada, que ela era uma mulher indecente, que ele era um empresário. Nesse exato momento, a (nossa) mãe ainda tava lá. Ela pediu: 'olha, não xinga a minha filha, ela não merece isso". Ele mandou ela sair da frente porque não estava 'cabendo na história porque eu quero que a sua filha diga o que está aprontando', sendo que ela era uma prisioneira dentro de casa. Ele disse: 'vou dar três tiros na cara da sua filha', sendo que um mês atrás ele já tinha prometido de dar um tiro (na companheira)". Carlienne Carpaso cidadeverde

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