A aparição inédita de Lula, Ciro, Flávio Dino e Marina Silva na propaganda eleitoral do PSOL em São Paulo apoiando Boulos, no último sábado, é “ o fato político mais relevante do segundo turno”. E pode apontar para uma articulação ao estilo da Frente Ampla do Uruguai em 2022. Quem analista é o jornalista Bernardo Mello Franco


247 - Desde 2006, há quase 15 anos portanto, Lula, Ciro Gomes, Marina Silva e Flávio Dino não dividiam o mesmo palanque eletrônico desde 2006, quando o ex-presidente conquistou o segundo mandato. No último sábado (21), entretanto, os quatro estiveram juntos na propaganda eleitoral do PSOL em São Paulo, em apoio a Guilherme Boulos. Para o colunista Bernardo Mello Franco, a frente de centro-esquerda ao redor de Boulos é “ o fato político mais relevante do segundo turno”. Talvez seja mais que isso, constituindo-se na grande novidade da articulação político-partidária desde a eleição de Jair Bolsonaro em 2018.
“Apesar da aposta no corpo a corpo, Boulos decolou graças à internet. Sua candidatura ganhou impulso nas redes sociais, onde o bolsonarismo reinou sozinho na última eleição. Ele mobilizou artistas e ganhou a preferência dos eleitores mais jovens”, avalia Franco, quando às táticas eleitorais do candidato do PSOL.
O mais importante é o olhar para uma novidade no cenário que aponta para 2022, segundo o jornalista: “A união em torno de Boulos fez a esquerda voltar a sonhar com uma aliança nos moldes da Frente Ampla uruguaia para enfrentar Bolsonaro em 2022. O cenário ainda é improvável, mas deixou de ser impossível. E Boulos será peça-chave para qualquer acordo daqui a dois anos”.
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