A empresa de ônibus – Transporte Coletivo Cidade Verde LTDA – que pertence ao consórcio Urbanus comunicou ao Ministério Público do Trabalho e a Strans (Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito) que irá parar as atividades. A empresa alega que não está recebendo do Setut (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina) os repasses firmados com a Prefeitura da capital.
De acordo com levantamento da empresa de ônibus, o débito chega a R$ 800 mil.
O empresário Solfieri Sousa e Silva, proprietário da empresa Cidade Verde, que coordena o consórcio Urbanus, confirmou ao Cidadeverde.com que deu um prazo de 24 horas para que a Strans tenha uma solução para o impasse. Caso contrário irá suspender as atividades.
“A situação é muito complicada, inclusive já informamos ao poder público como Strans e Setut que se não pagarem o que me devem a empresa já informou ao Ministério Público que irá parar as atividades por não ter condições de pagar o trabalhador e não ter condições de comprar óleo diesel para colocar em seus veículos”, afirmou.
A queixa de Solfieri é sobre o acordo firmado entre a Prefeitura e o Setut em novembro de 2019. Após perícias e estudo técnico ficou acordado que a prefeitura iria repassar as empresas R$ 36,9 milhões, dividida em 14 parcelas, referente as dívidas de 17 de janeiro de 2015 a dezembro de 2018.
Solfieri disse que já encaminhou diversos ofícios para o Setut e Strans e “não teve qualquer resposta”.
Diante da divergência, Strans prometeu conversar com o Setut e informar até às 17h de hoje uma posição.
Se for confirmada a paralisação, os moradores dos bairros Vale do Gavião, Vila Bandeirantes, Satélite, Nova Teresina e Pedra Mole vão ficar sem transporte público.
A empresa Cidade Verde atua há mais de 30 anos em Teresina, tem hoje 140 funcionários e uma frota de 45 ônibus.
O empresário pede transparência na prestação de contas e disse que só quer o que é direito da empresa.
O Setut enviou nota afirmando: “O Setut informa que não procede a informação sobre o não repasse de R$800 mil para a empresa de ônibus”.
Yala Sena
cidadeverde.
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