Carlos Newton
Neste final de ano, os médicos da Presidência assistiram, estupefatos, as proezas do atleta Jair Bolsonaro, outrora apelidado de Cavalão, que participou de um jogo de futebol e nadou na praia para confraternizar com dezenas de admiradores paulistas, em plena segunda onda da pandemia e já com os primeiros casos de reinfecção.
No sofisticado Serviço Médico da Presidência, que acompanha Bolsonaro permanentemente, 365 dias por ano, a preocupação é redobrada porque não se trata de um paciente comum, mas de um impaciente desleixado e pouco preocupado com seu estado de saúde.
CINCO CIRURGIAS – De 2018 para cá, Bolsonaro já sofreu cinco cirurgias. A primeira quando sofreu o ataque a faca durante um ato de campanha na cidade de Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro de 2018. Seis dias depois, mais uma cirurgia de emergência no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para onde foi transferido um dia após o atentado. Desta vez, foram retiradas aderências que obstruíram o intestino delgado do paciente.
Já como presidente, em 28 de janeiro de 2019 Bolsonaro fez uma nova cirurgia, com sete horas de duração, para retirar a bolsa de colostomia. E a quarta operação foi em 8 de setembro do ano passado, quando os médicos corrigiram uma hérnia no abdômen em decorrência das múltiplas incisões feitas no local.
Em 2020, mais uma operação, desta vez para retirada de um cálculo na bexiga, dia 25 de setembro.
MAIS UMA OPERAÇÃO – O problema dos médicos é que o presidente está necessitando ser operado mais um vez, porque surgiram novas aderências na tela implantada em seu abdômen. O próprio Bolsonaro já anunciou que terá de fazer essa cirurgia, e isso significa que ele precisa de algumas precauções, até porque é uma operação de risco, com muitas horas sob anestesia geral.
O pior é que Bolsonaro faz exatamente tudo ao contrário do que recomendam os médicos. Anda a cavalo, dirige moto e jet-ski , joga futebol, faz o que pode e o que não pode para forçar o abdomen. Finge que é um superatleta, se diz imbroxável e sua única reclamação é em relação às hemorroidas, porque não gosta de ser atingido por detrás, digo, pelas costas.
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P.S. – A cada dia vai ficando mais evidente que Bolsonaro é um caso patológico. que só mesmo Freud explicaria, tipo “narcisista maligno”, ou coisa que o valha. Na verdade, ele faz tudo ao contrário do que se esperava., e deve haver alguma explicação para esse comportamento. (C.N.)
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