domingo, 3 de janeiro de 2021

Desmonte do Banco do Brasil, para justificar a privatização, começou na gestão anterior

 

 

nega irregularidade na venda de dívidas atrasadas ao BTG -  28/07/2020 - UOL Economia

Banco do Brasil está mantendo agências fechadas em Brasília

Vicente Nunes
Correio Braziliense

Apesar de todas as promessas do presidente Jair Bolsonaro de que o Banco do Brasil não será privatizado em seu governo, há um processo claro dentro da instituição para facilitar a transferência de seu controle à iniciativa privada.

Quem acompanha o dia a dia do Banco do Brasil diz que seu desmonte com o intuito de privatizá-lo começou com Rubem Novaes, que deixou a presidência da instituição no início do segundo semestre de 2020.

PRIVATISTA NATO– Novaes, por sinal, nunca escondeu a sua obsessão pela privatização do BB. Fez questão de tornar explícito o seu desejo — ou missão — em todas as oportunidades que teve. Não à toa, foi rejeitado pelos funcionários do banco.

Quando André Brandão tomou posse como presidente do Banco do Brasil, muitos acreditaram que os tempos sombrios com Rubem Novaes tinham ficado para trás. Contudo, não é o que se vê.

Segundo funcionários do BB, o sucateamento continua em curso, a ponto de várias agências terem suspendido o atendimento presencial nos caixas de várias agências por falta de pessoal.

TUDO DE PROPÓSITO – “É inadmissível que uma instituição com o histórico do Banco do Brasil, que sempre se preocupou com sua imagem junto ao público, esteja tão desleixada. A percepção é a de que estão fazendo tudo de propósito”, afirma um funcionário do BB.

Pode-se dizer, segundo o mesmo funcionário, que o Banco do Brasil se transformou em uma “caixa-preta”, em que ninguém dá satisfação e a transparência foi riscada do dicionário.

Quando convidou André Brandão para a presidência do Banco do Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que precisava de um bom gestor, depois do desastre da administração de Rubem Novaes. Até agora, porém, Brandão não disse a que veio. Tudo continua como nos tempos de Novaes.

“Tem muita coisa estranha acontecendo dentro do BB. E coisa boa não é”, reforça outro empregado do banco. Pior para a população, que perde duas vezes, por meio do atendimento ruim e se for obrigada a socorrer novamente o banco por meio do Tesouro Nacional.

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