Um casal de mulheres foi orientado pelo Cartório Dora Martins, no Centro de Teresina, a mudar a data do casamento porque o juiz que oficializaria a união na data marcada não realiza casamentos homoafetivos.
Um das mulheres informou ao 180 que recebeu a notícia com grande surpresa nesta segunda-feira (25/01), pois já tinha acertado a data do casamento com o cartório, no começo de março, já havia levado os documentos e já tinha inclusive marcado uma viagem após o casamento.
Uma funcionária informou para o casal que o juiz da 6ª vara, Paulo Roberto, não fazia casamentos homoafetivos.
"Eu fiquei com a cara no chão, sem graça e constrangida, nunca pensei que fosse passar por uma situação dessa, dificuldade no cartório para casar, sendo que eu pagaria a mesma taxa que todos pagariam", disse ao 180.
A jovem informou que ligou para o Ministério Público e lá informaram que o cartório não pode se recusar a realizar um casamento homoafetivo, que isso é um crime, e que se há uma decisão de um juiz específico, o cartório tem que disponibilizar um juiz substituto.
O cartório negou a possibilidade de um juiz substituto, mesmo o casamento sendo coletivo.
O casal também afirmou que vai procurar a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Piauí para informar o caso.
O 180 tentou contato com o cartório, mas o telefone informado na internet não completa a ligação. O portal deixa aberto o espaço para possíveis esclarecimentos do cartório e do juiz.(180 Graus )
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