O pedido foi feito ao delegado geral Luccy Keiko até que as investigações sobre o caso sejam concluídas.
A Ordem dos Advogados do Brasil no Piauí (OAB-PI) apresentou denúncia administrativa e criminal com pedido de afastamento contra o policial civil acusado de ameaçar o advogado Hartônio Bandeira com uma arma de fogo dentro da Delegacia de Pedro II, na última quarta-feira (24). O pedido foi feito ao delegado geral Luccy Keiko até que as investigações sobre o caso sejam concluídas.
De acordo com a OAB, o advogado teve violados o direito fundamental de assistência judiciária por advogado legalmente habilitado e as prerrogativas profissionais da Advocacia. “Por conta deste fato, solicitamos providências junto ao Delegado Geral, Luccy Keiko, para o afastamento imediato do policial que feriu as prerrogativas da Advocacia na cidade de Pedro II, até que sejam concluídas as investigações e apurações do ocorrido”, frisou o presidente Celso Barros Neto.
Para o presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas dos Advogados, Marcus Nogueira, a OAB Piauí está dando uma resposta para a advocacia do estado. “Toda e qualquer autoridade, seja ela judiciária ou policial, que desrespeitar as prerrogativas da Advocacia, nós estaremos aqui, firmes e fortes, mostrando o peso que a instituição OAB tem. Não permitiremos que condutas desta natureza voltem a acontecer e, por isso, já estamos tomando as providências pertinentes”, garantiu.
Entenda o caso
O advogado Hartônio Bandeira, da cidade de Campo Maior, publicou em suas redes sociais nesta quarta-feira (24), uma denúncia contra um policial civil que teria sacado uma arma de fogo em ameaça durante uma discussão em Pedro II.
Na publicação, o advogado informou que no dia 18 de janeiro deste ano teria ido a delegacia de Polícia Civil de Pedro II para dialogar com o delegado da cidade, porém não havia sido atendido por ele. Com isso, o advogado retornou ao município nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, a fim de realizar a conversa, pois segundo ele, o advogado teria a necessidade de receber uma documentação.
“Passado 30 min, adentro na dependência da DP e o mesmo agente sai transtornado, informando que não atenderia, eu usei a palavra mágica: Tenho prerrogativas para adentrar. Ele saca a arma, diz que sou folgado e que vai atirar. O delegado o contém”, contou o advogado.
O que diz o Sindicato dos Policiais Civis do Piauí
Em nota, o Sinpolpi lamentou a ocorrência do fato e afirmou que não defende a conduta do policial civil, "pois o profissionalismo deve vir acima de tudo, porém, o que fica de reflexão e alerta é que esse caso isolado pode vir a se repetir por conta da total falta de estrutura para o trabalho do policial civil".
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