“Nós vamos ter que adotar o que for necessário, a gente tem uma preocupação com o emprego, mas sem a vida não há do que se falar de emprego", disse.
O governador Wellington Dias (PT) concedeu entrevista à imprensa no final da manhã desta sexta-feira (26) e afirmou que não descarta adotar medidas mais fortes, como lockdown, caso as ações impostas no decreto em vigor não surtam o efeito esperado. No entanto, ele fez um chamamento para que população entenda a atual situação pela qual o Brasil está passando por conta da pandemia de covid-19.
“Nós vamos ter que adotar o que for necessário, as medidas que adotamos têm um olhar para durante a semana nós termos atividades econômicas. A gente tem uma preocupação com o emprego, mas sem a vida não há do que se falar de emprego, por isso a vida em primeiro lugar”, frisou.
De acordo com o chefe do executivo estadual, 21 estados da federação estão atuando no limite no combate a covid-19 e, por isso, há necessidade de se adotar ações mais restritivas para frear o avanço da doença.
“Nós estamos vivendo, e aqui não é só um jogo de palavras, o momento mais delicado desde um ano atrás, desde março do ano passado. Eu estive ontem com o ministro Pazuello, logo em seguida ele tomou a decisão de fazer uma coletiva, porque eu chamei atenção do Brasil, pois nós estamos muito perto de um colapso nacional. Quando a gente teve colapso em Manaus, a gente tinha outros lugares para receber pacientes. Quando a gente tinha situação dramática no Maranhão, no Piauí, a gente podia atender. Agora não é possível, infelizmente, os pacientes de um estado, que não têm aonde ser atendido, irem para outro estado, porque todos estão no limite”, disse o governador.
O secretário de Governo, Osmar Júnior, também ressaltou que o Governo não descarta a decretação de um novo lockdown no estado. “Nós não descartamos nenhuma medida, contudo apostamos no cumprimento dessas que estão vigentes, por isso estamos apelando à população do Piauí. É possível que adotemos medidas mais duras, mas nós vamos insistir com a população para que ela cumpra as orientações e determinações do poder público, porque esse cumprimento poderá cortar o crescimento desse ciclo. A equipe de fiscalização vai trabalhar, vamos reforçar esse trabalho, e cabe ao Governo tomar as medidas necessárias para o enfrentamento da pandemia e essas medidas, quando necessárias, serão tomadas”, garantiu.
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