Consta nas investigações, que os pais da menina entregavam a filha para o estuprador em troca de dinheiro, para o consumo de bebida alcoólica. O suspeito de estuprar a criança também foi preso.
Um casal foi preso, nessa quarta-feira (28), suspeito de entregar a própria filha, uma menina de 11 anos de idade, para ser estuprada por um homem, na zona rural da cidade de Buriti Bravo, cerca de 500 km de São Luís. O suspeito de estuprar a criança também foi preso.
Os três mandados de prisão temporária foram cumpridos pela 12ª Delegacia Regional de São João dos Patos, através da Delegacia de Polícia de Buriti Bravo. As prisões aconteceram no povoado Juçara, zona rural de Buriti Bravo.
“As investigações se iniciaram após sermos informados do fato no dia 16 de abril, por meio do Conselho Tutelar de Buriti Bravo, dando notícia desse suposto abuso sexual e estupro, que envolvia essa criança de 11 anos. A partir daí foi que começamos a investigar”, explicou o delegado Carlos Eduardo, titular da Delegacia de Buriti Bravo.
Segundo a polícia, contra os presos pesa a acusação de estupro de vulnerável, favorecimento à prostituição, abandono material e maus-tratos às crianças.
Consta nas investigações, que os próprios genitores da vítima levavam a criança para a residência do autor do estupro, onde os abusos aconteciam. Os pais da menina entregavam a filha para o estuprador em troca de dinheiro, para o consumo de bebida alcoólica.
“A situação que nos deixou mais preocupados nesse caso é que os aliciadores eram os próprios pais. Eles, em troca de bebida alcoólica e de dinheiro, levavam a vítima a até a residência do estuprador, onde aconteciam os atos sexuais”, destacou o delegado.
Ainda de acordo com a polícia, além da vítima dos estupros, residia na residência do casal outras cinco crianças, entre 9 e 2 anos, que também eram vítimas de maus-tratos e abandono por parte dos pais.
Participaram da operação policiais civis de São João dos Patos, Passagem Franca e Buriti Bravo. Segundo a polícia, as investigações continuam, porque há a suspeita de que outras duas filhas do casal também foram aliciadas.
“Com o avançar das investigações, nós descobrimos que a vítima de 11 anos tinha duas irmãs mais velhas, uma de 13 anos e outra de 15. E existia a suspeita de que elas teriam saído de casa justamente por conta desses possíveis aliciamentos, por parte dos próprios pais. No caso, a irmã mais velha só é irmã da vítima por parte de mãe. O desenrolar das investigações é para angariar mais provas, mais detalhes. A gente vai continuar com as investigações no sentido de esclarecer se existem outras vítimas e outros autores”, explicou o delegado Carlos Eduardo.
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