Uma tentativa de assalto deixou uma idosa cadeirante baleada na cabeça na manhã deste sábado (29) na comunidade Flor de Maio, zona rural de Amarante. O tiro, segundo informações, pegou de raspão na vítima, de 73 anos.
O 18º Grupamento de Polícia Militar (GPM) esteve no local, mas não encontrou pistas que levassem à prisão dos suspeitos. “Um casal chegou em uma moto e o homem entrou na casa anunciando o assalto. A mulher ficou do lado de fora. O dono da casa (que teve a identidade preservada) pegou uma espingarda, o suspeito correu, mas a arma não disparou”, contou o policial Jorge Ferreira.
Na tentativa de fuga, o suspeito efetuou vários disparos, três falharam e um deles atingiu a idosa. “Ele disse que ia matar a mulher quando viu o dono da casa armado. A idosa cadeirante foi atingida com um tiro que pegou de raspão na cabeça”, completou.
De acordo com a Polícia Militar, houve uma discussão e luta corporal entre o esposo da vítima e o assaltante. Segundo relatos, o assaltante efetuou cinco disparos de arma de fogo. A arma dos bandidos era um revólver calibre 32. O casal não foi mais visto após empreender fuga sentido comunidade Emparedada.
A idosa foi encaminhada para o Hospital Dr. Francisco Ayres Cavalcante para atendimento médico e está fora de perigo. Não há ainda confirmação se a vítima foi encaminhada para Teresina.
Está desaparecido desde a última sexta-feira 28/05 de 2021, o aposentado José Maria da Silva Amorim, 48 anos, morador da Travessa Timbira, 518, ao lado da Câmara Municipal de Timon. A família está aflita em busca de informações.
José Maria Amorim, que é sobrinho do empresário no ramo imóveis e e ex-vereador de Teresina, Atualpa Amorim, saiu de casa na sexta-feira, trajando uma bermuda quadriculada, uma camisa cinza e de sandálias havaianas e o último local em que foi visto foi no Bradesco, próximo à rodoviária de Timon, às 15h00 da sexta(28).
Em contato com o BLOG DO LUCÃO, uma irmã de José Maria disse que ele é acometido de várias enfermidades, tendo inclusive uma das visões totalmente perdida e apenas 10% da outra, além disso, José Maria é diabético em alto grau e faz uso diário de 12 medicamentos distintos, fato que as vezes em concomitância com a ingestão de bebida alcoólica pode levá-lo à desorientação.
A família pede quem tiver qualquer informação que possa levar ao paradeiro de José Maria, entre em contato com:
Até o final da semana, ele deverá terminar de revelar todas as mudanças na equipe administrativa.
Fonte: Cidade Verde
Na manhã deste sábado (29), o prefeito Dr. Pessoa confirmou à coluna mudanças na equipe administrativa. Segundo ele, os primeiros anúncios de remanejamentos deverão ocorrer na segunda-feira (29). Até o final da semana, ele deverá terminar de revelar todas as mudanças na equipe administrativa.
Segundo o prefeito, no primeiro momento ocorrerão apenas remanejamentos. Mas, ele não descarta que demissões de secretários possam ocorrer nos próximos meses. Segundo ele, serão usados dois critérios. Primeiro o secretário tem que bater metas e o segundo é ter um bom entrosamento com a equipe.
“Neste final de semana, vamos acabar de lapidar todas as etapas dessa nova fase da administração. Na segunda será anunciado o remanejamento. Mas pode ser que no outro mês aconteçam demissões. Comparo a equipe à seleção brasileira de 1970, que foi lá e venceu. É preciso bater as metas e ter entrosamento com a equipe”, disse.
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correr mudanças na Secretaria de Governo e na Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi). O secretário de Governo, Adolfo Nunes, teria dificuldades de relacionamento com parte da equipe mais ligada ao secretário de Finanças, Robert Rios (PSB). Além de ter dificuldades de diálogo com os vereadores e aliados políticos do prefeito.
Segundo essas informações, a secretária da Semcaspi, Eliana Lago, também não estaria agradando. Devem ser os dois nomes que serão anunciados por Dr. Pessoa. Adolfo poderá ser remanejado para a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e Eliana Lago pode ir para a pasta da Juventude.
No caso de Eliana Lago, a confirmação da saída teria sido oficializada na noite desta sexta-feira (28), durante reunião.
Trabalhadores saem já contratados para safra de laranja na cidade de Matão.
Centenas de famílias que estão saindo da cidade de Jaicós em busca de melhores condições de vida. O principal destino dos trabalhadores é a cidade de Matão, situada no interior de São Paulo. Eles saem daqui já contratados para o trabalho na safra de laranja. Na manhã desta quinta-feira (27), jovens, pais, mães, aguardavam para iniciar a viagem e se despetir dos familiares. As informações são do portal Cidades Na Net.
A migração de trabalhadores de Jaicós não é novidade, segundo relatos, teve início na década de 2000. Mas, a cada ano, quando uma multidão se forma na cidade à espera dos ônibus, os momentos de partida são marcados por um misto de sentimentos. Lágrimas e tristeza estão presentes, mas também fé e esperança de dias melhores.
Centenas deixam o Piauí em busca de trabalho no interior de SP (Foto: Cidades Na Net)
Todas as semanas saem ônibus da cidade em direção a São Paulo, levando centenas de jaicoenses. Nessa quinta-feira, oito ônibus de três empresas que atuam no município partiram levando não só passageiros, mas a bagagem de sonhos, medos e esperança de cada um deles.
Paulo Silva Carvalho, 26 anos, está viajando pela primeira vez. Ele explicou que com a pandemia, as coisas ficaram mais difíceis. “As oportunidades de emprego estão poucas, então a gente tem que buscar em outros estados, porque está difícil. A pandemia veio e atrapalhou muita coisa na questão da renda, e a gente termina tendo que buscar um meio de sobrevivência melhor”.
Paulo Silva Carvalho, 26 anos, está viajando pela primeira vez (Foto: Cidades na Net)
O jovem diz que deixar as pessoas queridas é difícil, mas que vai com o intuito de conquistar algo e voltar para sua terra. “É a primeira vez que vou, mas sempre tem aquela tristeza por deixar os amigos, família, mas é necessário a gente ir. Todos que estão aqui com certeza vão com esse intuito de conquistar algo melhor, poder voltar e conseguir construir sua vida aqui”.
Maria Josinete da Conceição, estava no local se despedindo do filho, Carlos Eduardo e do irmão, José Neto. O filho está viajando pela primeira vez, em busca de conquistar seus sonhos. Já o irmão vai para a 10ª safra da laranja em Matão.
“Ele quer seguir o sonho dele, conseguir as coisas dele e a gente tem que deixar seguir, caminhar com as suas próprias pernas. Não podemos dar tudo que eles querem, então o certo é trabalhar né” falou ela.
Maria Josinete da ConceiçãO se despedia do filho e do irmão (Foto: Cidades na Net)
Maria Josinete também disse que se preocupa, mas o fato do filho ir com seu irmão, traz mais um pouco de tranquilidade. “O tio vai e disse que queria levar ele e ele decidiu ir. Está tudo certo, vão começar a trabalhar já na outra semana. E eu tenho um pouco de preocupação, porque é a primeira vez que ele vai, a gente não sabe direito como vai ser. Mas fico também confiante porque ele vai com meu irmão, em que eu confio muito”.
Ela disse que também se preocupa com a questão da pandemia, mas crê que Deus protegerá sua família. “Eu fico bastante preocupada também com a pandemia. Tenho muito medo, mas confio que Deus está com ele, com a gente, e com fé em Deus isso ai vai acabar e a gente vai seguir a vida que tínhamos antigamente”.
Erinaldo da Costa, 18 anos, viaja pela terceira vez em busca de emprego. Ele disse que há a tristeza por deixar a família, mas também a esperança de conquistar algo. “Aqui não tem emprego, então a gente se obriga a ir para fora para ganhar algo. A gente vai sem saber se a viagem vai ser tranquila, tem também o coronavírus. A gente vai com medo, mas entrega na mão de Deus, pois ele é maior. É sofrido ir, ficar longe da família, mas no final compensa porque o cara vai e consegue alguma coisa lá. Vou triste por deixar a família, mas com a esperança de conquistar alguma coisa”.
Erinaldo da Costa, 18 anos, viaja pela terceira vez (Foto: Cidades na Net)
O jovem também disse que tem vários sonhos e que quando alcançar o que almeja, não pretende mais sair de sua cidade. “Tenho vários objetivos, um deles é construir minha casa própria, que creio que é o que todo mundo deseja. Lá consigo um renda e dinheiro que trago invisto em alguma coisa e depois volto de novo. Mas quando conquistar tudo que preciso quero ficar morando só aqui, pois é o lugar da gente, o Piauí é muito bom e o que a gente deseja é fica perto da família” concluiu.
A previsão é que os trabalhadores cheguem a Matão no domingo, 30, e no dia seguinte já devem começar a trabalhar.
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Centenas deixam o Piauí em busca de trabalho no interior de SP
Coronavírus: Aumento da pobreza e falta de comida transformam ovo em 'prato principal' na pandemia
Felipe Souza - @felipe_dess
Da BBC News Brasil em São Paulo
Coloca a panela no fogão, acende, põe um fio de óleo e quebra um ovo. Este se tornou o novo hábito diário da aposentada Maria José de Araújo, de 73 anos, e de milhares de brasileiros nos últimos meses na hora de preparar as refeições.
Com o agravamento da crise financeira causada pela pandemia do coronavírus e as constantes altas do preço da carne, aliados à perda da renda e do emprego, o ovo tornou-se a principal fonte de proteínas de muitas famílias.
"Eu sempre comprava costela, bife ou frango. Mas hoje bife é para rico. Aqui em casa, nem pensar. Quando compro alguma coisa diferente, é coxa e sobrecoxa. Até o pé do frango está caro", afirmou Maria José, que mora com o marido e a filha na Brasilândia, zona norte de São Paulo.
"Antes, a gente sempre colocava carne na mesa. Mas hoje a gente faz tudo com ovo. Omelete, ovo frito, cozido. Daqui a alguns dias, a gente não vai aguentar mais", contou à reportagem.
Um estudo do grupo de pesquisas Food for Justice: Power, Politics, and Food Inequalities in a Bioeconomy (Comida por Justiça: Poder, Política e Desigualdades Alimentares em uma Bioeconomia, em tradução livre), da Universidade Livre de Berlim, apontou que o ovo foi o alimento que teve maior aumento no consumo dos brasileiros durante a pandemia: 18,8%.
Na avaliação dos pesquisadores, esse crescimento no consumo de ovos aponta para uma clara substituição no consumo de carne, que teve redução de 44%.
O número de pessoas que disse ter comido mais carne, entre novembro e dezembro de 2020, foi de apenas 3,2%.
'Olha o ovo!'
O vendedor de ovos Leonardo Carlos Ribeiro Cabral, de 37 anos, sentiu essa mudança. Suas vendas dispararam.
Antes da pandemia, ele vendia cerca de 1,5 mil a 2 mil caixas de ovos por mês. "Hoje, eu vendo 4 mil", disse.
Três vezes por semana, ele percorre os 70 km que separam a Freguesia do Ó, na zona norte de São Paulo, e a cidade de Mairinque, para buscar ovos.
Cabral entrou nesse mercado há seis anos como ambulante, vendendo cartelas de porta em porta e anunciando o produto por meio de um alto-falante, em uma Kombi.
Mas a perda de renda e a fome durante a pandemia fizeram o negócio de Cabral prosperar. Hoje, ele tem três funcionários que vendem o alimento em carros nas ruas.
"A gente mudou da água para o vinho. Eu tinha duas peruas velhas que usava para vender ovos. Hoje, comprei uma van, comprei um carro novo e estou construindo quatro casas para investimento porque não sei até quando vai durar essas vendas", afirmou.
Cabral contou que percebeu uma mudança no perfil de seus clientes no último ano.
"Antes, as pessoas de classe média não compravam. Hoje, elas são as que mais compram, principalmente quando a Prefeitura fecha os comércios e as pessoas não podem sair de casa. Se eu soubesse que vender ovo seria tão bom, hoje eu teria um galinheiro", afirmou sorrindo.
Ele cita um de seus clientes, que compra ovos para revender: um taxista que deixou de fazer corridas e encheu o carro com o produto para comercializar na zona norte da capital paulista.
Agnaldo Machado dos Santos, de 34 anos, tem história parecida. Ele trabalhava como motorista de aplicativo, mas foi alertado por um amigo sobre o aquecimento do mercado de venda de ovos e agora usa o carro para vender o produto na rua.
"Eu encho o porta-malas com caixas de ovos, abro em um lugar com grande movimento e fico ali com uma placa por uns 20 minutos. Depois vou mudando de lugar ao longo do dia. Chego a ganhar 50% a mais do que fazendo corridas", contou Santos.
Insegurança alimentar cresce na pandemia
O economista Marcelo Neri, diretor do centro de estudos FGV Social, afirmou que a queda na renda provocada pela pandemia agrava uma tendência crescente de insegurança alimentar que o Brasil atravessa nos últimos anos.
A Food for Justice apontou que, em abril de 2021, 59,4% dos domicílios do país se encontravam em situação de insegurança alimentar. Isso ocorre quando uma família diz ter preocupação com a falta de alimentos em casa ou já enfrenta dificuldades para conseguir fazer todas as refeições.
De acordo com o estudo da Food for Justice, os mais altos percentuais de insegurança alimentar são registrados em famílias com apenas uma fonte de renda (66,3%). Isso se acentua ainda mais quando essa responsável é uma mulher (73,8%) ou uma pessoa parda (67,8%) ou preta (66,8%).
Uma pesquisa feita pelo Data Favela, uma parceria entre Instituto Locomotiva e a Central Única das Favelas (Cufa), em fevereiro, apontou que, entre os 16 milhões de brasileiros que moram em favelas, 67% tiveram de cortar itens básicos do orçamento com o fim do auxílio emergencial, como comida e material de limpeza.
Outros 68% afirmaram que, nos 15 dias anteriores à pesquisa, em ao menos um dia faltou dinheiro para comprar comida. Oito em cada dez famílias disseram que, se não tivessem recebido doações, não teriam condições de se alimentar, comprar produtos de higiene e limpeza ou pagar as contas básicas durante os meses de pandemia.
Consumo de carne caiu ao menor patamar da história
A crise fez o consumo de carne no Brasil chegar ao menor patamar em 25 anos, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), desde o início da série histórica, em 1996.
Hoje, cada brasileiro consome, em média, 26,4 kg de carne por ano. Isso significa uma queda de quase 14% na comparação com 2019, um ano antes da pandemia. A queda em relação a 2020 é de 4%, segundo o Conab.
Economistas apontam que, com a alta do dólar, os produtores preferem vender a carne para outros países, como a China, que paga em dólares.
Mas nem o ovo escapou ileso da crise. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas, no último ano, seu preço teve uma alta acumulada de 11,45%, enquanto a inflação do consumidor foi de 6,35%.
"Se o ovo não tivesse ficado mais caro, eu estaria vendendo ainda mais", disse Leonardo Cabral.
O preço da sua caixa de ovos, com 30 unidades, passou de R$ 10 para R$ 15, um aumento de 50%.
A aposentada Maria de Araújo conta que, onde ela mora, o ovo encareceu bastante também. A cartela com uma dúzia, que custava R$ 8, hoje sai por R$ 13.
"Se continuar assim, até ovo vai ser difícil comprar", afirmou à BBC News Brasil.
'Saída é aumentar a renda', aponta economista
O economista Marcelo Neri, da FGV, diz que a procura maior pelo ovo causou essa subida repentina do preço.
"O aumento do preço das commodities e a variação cambial causaram uma alta nos alimentos", afirmou o professor da FGV.
Isso faz com que as famílias procurem por proteínas que tenham um custo mais baixo. Mas Neri pondera que o mercado deve se ajustar e os preços devem diminuir, seguindo tendências históricas.
"O aumento das commodities é uma boa notícia para a macroeconomia brasileira, mas ruim para o consumidor. A notícia boa é que esse aumento não veio para ficar. O preço das commodities flutua, e eu diria que isso não é um choque permanente", afirmou Neri.
Mas o economista ressalta que há uma tendência de piora da insegurança alimentar desde 2014. Um fenômeno, segundo ele, ligado ao aumento da desigualdade e pobreza.
Neri explica que o auxílio emergencial ajudou a reduzir esse problema, mas que parte desse benefício foi anulado pelo encarecimento dos alimentos.
Para o economista, a melhor solução hoje para amenizar o impacto na alta dos preços é investir na melhoria de renda da população e aguardar para que os valores voltem a patamares pelo menos mais próximos dos anteriores.
"As outras alternativas, como o controle de preços, não são boas. A gente já experimentou isso no passado e viu que causa escassez porque as pessoas consomem e gera uma corrida que não chega a lugar nenhum. Temos que pensar em políticas estruturais e de melhora de renda da população", afirmou Neri.