Além de Flávio Dino, fazem parte do comando do PSB no Maranhão, o deputado federal Bira do Pindaré, que agora é o vice-presidente; o secretário de Comunicação Ricardo Capelli, que assume função de secretário de Finanças; o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, secretário de Relações Institucionais, assim como Antônio Carlos Serrão Mendes, secretário-geral, Marileide Santos Costa, secretária de Organização e Hamilton Nogueira Aragão, secretário de Mobilização.

Para que Dino assumisse a presidência  no Maranhão, a direção nacional destituiu o ex-prefeito de Timon, Luciano Leitoa, que estava no comando do PSB desde o ano de 2014, e cujo mandato findaria no próximo domingo (4).

 A nomeação de uma comissão provisória foi liderada por Dino. Luciano Leitoa chegou a usar sua rede social no dia da filiação do governador do PSB, para afirmar que: “A união da centro-esquerda é a saída para vencer o retrocesso!”, fazendo uma referência ao recém-chegado no partido socialista.

Outro reflexo do anúncio da mudança de comando do PSB no Maranhão foi a desfiliação do deputado estadual Duarte Júnior do partido Republicanos. O anúncio foi feito através do Twitter do parlamentar.

“Agradeço ao querido presidente Marcos Pereira e ao deputado Cleber Verde por toda acolhida e apoio. Agora, seguirei honrando a confiança de todos na luta por um Brasil justo, pela garantia de direitos e por uma democracia forte”, disse Duarte Jr, sem informar o seu destino político.

Especula-se que o mesmo vá para o PSB, seguindo os passos do governador Flávio Dino. Vale lembrar que Duarte Júnior foi filiado por pouco mais de um ano ao partido e disputou ao cargo de prefeito de São Luís, ficando em segundo lugar. O parlamentar também é cotado para disputar a vaga de deputado federal em 2022. 

Para a cientista política Deysi Cioccari, doutora pela Casper Líbero, o PSB está trabalhando pela construção de uma frente ampla – algo que o PT não fez até o momento.

“O PSB está fazendo o que a esquerda de Lula deveria ter feito: planejando uma frente ampla organizada e injetando ânimo em que não concorda com o atual governo”, apontou. 

Na visão de Cioccari, o movimento do PSB tem sido o mais organizado na intenção de criar a tão esperada “terceira via”. “Flávio Dino não é um personagem político que deve ser menosprezado: ele realizou a proeza de acabar com a dinastia Sarney no Maranhão. Freixo tem sido um antagonista de peso do atual governo. Até agora tem sido o movimento mais organizado para o surgimento de uma terceira via no sentido de abrir o debate.” 

Em uma live recente, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou: “O PSB não é lugar de conservadores, aqui é lugar de revolucionários, lugar de pessoas que querem contribuir para um movimento emancipatório da nossa sociedade”. 

O socialista comentou ainda que a situação do parlamento atual é resultado da crise política que vivemos. “Se ela não for resolvida, não haverá solução para crise econômica, ambiental, social. A eleição de 2018 resulta da falência do sistema político que precisa ser refeito. É necessário que se construa um projeto nacional de desenvolvimento, apresentar soluções em diferentes âmbitos para que se possa de fato ter uma proposta além de ganhar as eleições. Ganhar é essencial, mas é preciso ver que a crise é mais profunda do que uma derrota eleitoral”, pontuou Siqueira.