sábado, 2 de outubro de 2021

Em outubro, Lula se reúne com os caciques, buscando uma aproximação com o MDB

 

 

Amarildo: Lula e um Brasil dividido | A Gazeta

Charge do Amarildo (Arquivo Google)

Denise Rothenburg
Correio Braziliense

Mesmo com um pedaço do PT totalmente avesso a qualquer relação com o MDB, o ex-presidente Lula não desistiu de refazer a aliança desfeita em 2016, quando os emedebistas trabalharam para tirar Dilma Rousseff da Presidência da República.

Para saber mais são as chances de reconstruir as pontes, Lula tem jantar marcado na quarta-feira, 6 de outubro, em Brasília, na casa do ex-senador Eunício Oliveira, para o qual já foram chamados o ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros, Jader Barbalho, e o ex-senador Edson Lobão. 

DEPOIS DO PROTESTO – Será o primeiro encontro de Lula com o MDB depois do ato marcado para este sábado, quando os partidos de esquerda convocaram uma manifestação pelo impeachment de Bolsonaro.

Os lulistas consideram que esse grupo de senadores e ex-senadores, que se opôs ao impeachment de Dilma Rousseff, é o que pode ajudar na reconstrução de uma aliança.

Naquela época, Eunício Oliveira, por exemplo, chegou a alertar seu partido para os problemas que um impeachment poderiam gerar. Porém, não foi ouvido. Renan tem conversado com Lula, são amigos, ao ponto de um visitar o outro no hospital, como na foto acima, do ano passado.

HÁ DISCORDÂNCIA – A reaproximação com Lula agora não conta com o apoio do grupo dos emedebistas da Câmara, do qual faz parte o presidente do partido, Baleia Rossi, entusiasta de um projeto que possa quebrar a polarização entre Bolsonaro e o PT. Nesse sentido, o partido lançou há alguns dias o documento todos por um só Brasil.

Diante da divisão interna, o MDB caminha para retomar a velha forma: Um grupo puxando para o PT, e outro em sentido oposto. Por esse caminho, qualquer candidato próprio que aparecer tende a ser largado pelo caminho, como o MDB fez desde 1989, quando o então candidato Ulysses Guimarães terminou abandonado pela maioria dos emedebistas.

Vale lembrar que Michel Temer continua desfilando como um possível candidato, embora diga que não irá concorrer.

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