Deu no G1 // Charge do Benett (Folha)
Foi instaurado um clima de guerra entre Câmara e Senado por causa do relatório da CPI da Covid. Depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira, atacar a comissão, seus participantes revidaram. Para os senadores do G7, grupo majoritário da CPI, ao fazer ataques à comissão, Arthur Lira deixou claro que a cúpula da CPI da Covid não era bem-vinda na Câmara.
Havia inicialmente a previsão de que a cúpula da CPI iria entregar pessoalmente o relatório a Arthur Lira, mas o evento foi cancelado diante dos ataques do presidente da Câmara ao relatório final. Agora, o relatório será apenas protocolado na Mesa Diretora.
DEPUTADOS INDICIADOS – Arthur Lira atacou principalmente a proposta de indiciamento de deputados federais e afirmou que a CPI extrapolou os seus poderes.
Os senadores da comissão avaliam que o objetivo de Lira é proteger o presidente Jair Bolsonaro, contra quem a CPI apontou o cometimento de nove crimes, entre eles o de responsabilidade. O que pode levar a um pedido de impeachment.
“O presidente da Câmara precisa ser informado que os deputados indiciados cometeram crime, participaram de operações para difundir o vírus, defender medicamentos ineficazes. Ele deve defender a Casa, mas não parlamentares que cometeram crime”, disse o presidente da CPI, senador Omar Aziz.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A briga era esperada e inevitável. Mas não há dúvida de que a CPI exagerou, ao fazer um tremendo carnaval fora de época. Bolsonaro e seus ministros e assessores, com algumas exceções de praxe, são verdadeiras antas. Mas a CPI extrapolou na sua caça às bruxas.
A cloroquina é ineficaz? Sim, mas é preciso lembrar que até hoje não há um tratamento-padrão contra a Covid 19, adotado pela Organização Mundial de Saúde. A maioria das pessoas (cerca de 80%) se recupera da doença sem precisar de tratamento hospitalar. Uma em cada seis pessoas infectadas fica gravemente doente e desenvolve dificuldade de respirar.
Em 2020, a OMS recomendou tratamento com corticoides. Em julho de 2021, propôs a utilização dos medicamentos tocilizumabe e sarilumabe, chamados “antagonistas da interleucina 6”, além dos corticoides. Agora em setembro, passou a recomendar o Reng-CoV2, que impediria a replicação viral e ajudaria a fortalecer o sistema imunológico.
Em tradução simultânea, não há tratamento-padrão e um número enorme de médicos usa antiobiótico (Aziitromicina) e dose dupla de remédios antiverme, por entenderem que a evacuação forçada ajuda a expulsar o vírus. Bem, esta é a realidade, que esqueceram de debater na CPI, desculpem a franqueza. (C.N.)
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