segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Em balanço parcial, PRF já registra 10 acidentes nas rodovias do Piauí durante Carnaval

 

 

Foto: Divulgação/PRF-PI

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou na manhã desta segunda-feira (28), o balanço parcial da Operação Carnaval nas rodovias do Piauí. De acordo com a PRF, nestes três primeiros dias, de 25 a 27 de fevereiro, já foram contabilizados dez acidentes de trânsito.

A PRF ressaltou que o número de acidentes representa uma redução de 10% em relação ao mesmo período no ano passado.

Já em relação a quantidade de testes de etilômetros realizados, a PRF informou que houve um aumento de 138% comparado com 2021.

Somente de sexta (25) a domingo (27), já foram contabilizados 162 testes realizados pelos agentes federais.  Além disso, 22 pessoas foram autuadas e sete presas por embriaguez ao volante.

Durante a operação, que segue até às 23h59 dessa quarta-feira (02), equipes da PRF também seguem com ações de “Educação para o Trânsito”, destinadas a proporcionar oportunidades de reflexão visando mudanças comportamentais para humanização do trânsito.

Mais de 1065 usuários das rodovias já participaram destas ações de educação para o trânsito até o momento. 

Segundo a PRF, o principal objetivo da Operação Carnaval é coibir as infrações de trânsito que provocam elevados índices de acidentes.

“Esses esforços de fiscalização são direcionados principalmente para coibir infrações relacionadas a ultrapassagem indevida, embriaguez ao volante, não utilização do cinto de segurança e demais dispositivos de retenção obrigatórios, falta de uso do capacete, excesso de velocidade e utilização do telefone celular durante a condução de veículos. Condutas essas que, historicamente, provocam índices elevados de letalidade”, ressalta.

Colisão entre carro e ônibus

Um grave acidente envolvendo um ônibus e um veículo de passeio deixou 13 pessoas feridas na madrugada deste domingo (27), por volta das 03h45 da manhã, na BR-343, no município de Buriti dos Lopes, a 281 quilômetros de Teresina.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo de passeio, conduzido por um homem de 37 anos, invadiu a faixa do ônibus, que seguia no sentido contrário, e colidiu frontalmente com o veículo. Com o impacto da batida, o ônibus saiu da pista e acabou tombando.

 

Rebeca Lima
 cidadeverde 

Teresina já registra sete homicídios desde o início do feriado de Carnaval

 

 

Fotos: Arquivo/Cidadeverde.com

Teresina já registra sete casos de homicídio desde o início do feriado prolongado do Carnaval, na última sexta-feira (25).

Na manhã de hoje (28), por volta das 5h10, o sétimo crime foi registrado. Um auxiliar de pedreiro de 33 anos foi assassinado a tiros na Avenida Francisco Nogueira da Conquista, no residencial Francisca Trindade, zona Norte de Teresina.

Segundo informações do 13º Batalhão da Polícia Militar, Antônio Vieira de Alencar andava de bicicleta quando foi surpreendido por três disparos de arma de fogo.

Ainda segundo o 13º BPM, a vítima era usuária de drogas e até o momento não há informações sobre possíveis suspeitos ou motivação do crime. Antônio Vieira foi atingido na região das costas e não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no local.

Equipes do Instituto Médico Legal (IML) fizeram a remoção do corpo da vítima. A Perícia Criminal também esteve no local e o caso deverá ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Carnaval violento

No domingo (27), foram registrados três homicídios em Teresina. No bairro Colorado, zona Sudeste, um homem morreu com um corte no pescoço provocado por uma garrafa durante uma briga em um bar.

Nas regiões de Nova Brasília, zona Norte e Palitolândia, na Vila Irmã Dulce, zona Sul de Teresina também foram registrados outros dois homicídios. 

Na sexta-feira (25), duas pessoas foram mortas durante uma discussão em um bar no bairro Alto da Ressurreição, zona Sudeste de Teresina.  

O entregador de delivery, Natanael Araújo, 22 anos, morreu vítima de latrocínio na madrugada do sábado (26), na zona Sul.

 

 

Rebeca Lima
 cidadeverde. 

“Traição: para agradar Flávio Dino, presidente do SINPROESEMMA dá golpe em professores”, diz deputado

 

Na última quinta-feira (24), o deputado estadual Wellington do Curso utilizou a tribuna para questionar a atuação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão – SINPROESEMMA, diante da falta de representatividade da entidade para defender os direitos dos professores do estado do Maranhão.

De acordo com o parlamentar, o sindicato que deveria defender os direitos dos professores segue sendo omisso e agora quer aceitar a proposta do governo para receber auxílio-alimentação ao invés de cobrar o reajuste do piso de 33,24%.

Ao se pronunciar, Wellington lamentou que o sindicato que deveria representar os interesses dos professores esteja servindo ao governador e afirmou que cobrará um posicionamento do SINPROESEMMA quanto a luta pelo reajuste do piso e rateio do FUNDEB.

Como se não bastasse a falta de representatividade do SINPROESEMMA ao representar os interesses dos professores, agora, o presidente do sindicato, Raimundo Oliveira, para agradar Flávio Dino dando um golpe nos educadores ao aceitar o pagamento de um auxílio-alimentação de R$ 300 reais ao invés de lutar pelo reajuste de acordo com a Lei Nacional do Piso. O sindicato que deveria representar os professores do Maranhão, está traindo a categoria, pois não ouve os professores e segue omisso diante de uma série de desrespeitos aos direitos garantidos por lei. Ao contrário disso, o SINPROESSEMMA está sendo usado como trampolim político para o seu presidente e está do lado de Flávio Dino e contra os professores, pois o governo do estado não respeita os direitos dos professores. Defender os interesses dos educadores é obrigação do sindicato, pois todo mês eles pagam sua contribuição. Portanto, ao invés de visar campanha eleitoral, o SINPROESEMMA deveria respeitar a categoria que ele representa e cumprir com sua verdadeira finalidade que é representar os professores do Maranhão ao invés de servir aos interesses do governador”, disse Wellington.

 Blog do Luis Cardoso 

Ricardo Murad é lançado candidato ao cargo de deputado estadual

 

 

A ex-deputada estadual Andrea Murad, em artigo, informou que vinha sendo preparada para voltar ao Parlamento Estadual no Maranhão. Porém, diante da “situação em que vive o nosso estado, bem como a necessidade de encontrarmos a saída e a solução para de uma vez por todas inverter o rumo de incompetência, desgoverno e irresponsabilidade que vivemos, me levou, após um período de grande reflexão, chamar o meu Pai para se candidatar a deputado estadual”.

Para Andrea, o Maranhão precisa da experiência política do seu pai, “da competência técnica, conhecimento dos problemas que os maranhenses enfrentam, do seu rigor com a qualidade daquilo que faz para ajudar aqui no estado o futuro governo. E ele, como deputado com vários mandatos ao logo de sua vida, deu mostras de inigualável capacidade e dedicação”.

“Meu candidato a deputado estadual é Ricardo Murad. Não por ser meu Pai, mas sim por ser o melhor dos melhores. E porque o Maranhão, a Assembleia Legislativa, o nosso povo, precisa de seu esforço, de seu empenho, da sua enorme contribuição”, afirmou.

A ex-parlamentar diz que “quanto a minha participação nas eleições, estou pronta, como sempre, para assumir novos desafios e combates, e dar minha contribuição, com a humildade e a disponibilidade que sempre me caracterizou”.

  Blog do Luis Cardoso

Timonense comemora ao lado da família 107 anos de idade

 

 

Um dos mais antigos moradores de Timon comemorou neste final de semana mais de dez décadas de vida. Manuel Alves de França completou nada mais nada menos que 107 anos de idade, o que o coloca na galeria dos mais longevos habitantes do município timonenses.

Morador da avenida Presidente Médice, no bairro Parque Piauí, desde 1969, seu Manuel no passado foi caminhoneiro que transportava petróleo de São Luís para a cidade de Timon, no tempo em que uma viagem levava uma semana e a estrada era carroçal para a capital maranhense.

Natural do Crato, Ceará, o caminhoneiro estabeleceu residência com sua família em Timon na época e não mais saiu da cidade.

Ao longo destes mais de cem anos, seu Manuel Vaqueiro, como é mais conhecido na cidade, teve 1o filhos, entre os quais Manuel Marreca, que foi candidato a vereadores algumas vezes na cidade,  e João Marreca.

A comemoração pela importante data reuniu quase toda a família, que claro, agradeceu a Deus pela longevidade do patriarca.

Roberto Rocha fala sobre candidatura

 

  por John Cutrim

O senador Roberto Rocha(PSDB) reafirmou, neste sábado(26), sua disposição “cada vez maior” de disputar a reeleição ao Senado, sendo a preferência, mas não descartou concorrer ao governo, dependendo das circunstâncias.

“De todo modo, reafirmo minha disposição, cada vez maior (pela foto percebe-se), de disputar a minha reeleição ou o cargo de governador do Estado do Maranhão, caso seja convocado pelas circunstâncias. Candidatura majoritária, especialmente de senador no Maranhão, não é ato de vontade, e sim fruto de uma conjuntura da eleição de governador e presidente da República”, afirmou.

Em Imperatriz, na quinta-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, comentou sobre a candidatura de Rocha. (Vídeo acima)

“Desejo a todos que aproveitem o feriado para descansar e conversar com seu travesseiro, porque com o meu já estamos bem resolvidos”, disse Roberto Rocha, que está em São Paulo acompanhando a recuperação do filho após uma cirurgia de tratamento de câncer.

Empresário pai de secretário adjunto da SEINC é sequestrado e morto em Bacabal

 

  por John Cutrim

O Informante(JP) – O empresário e pecuarista Luiz Amorim Fernandes, pai do secretário adjunto da SEINC (Secretaria de Indústria Comércio e Energia), Luiz Amorim Fernandes Júnior, foi sequestrado e encontrado morto, neste domingo, 27, no município de Bacabal.

Luiz Amorim foi sequestrado nesse sábado, 26, às 10h00, quando estava saindo de sua fazenda, a 5 quilômetros de Bacabal, em sua caminhonete Hilux, na companhia de um vaqueiro. Dois homens que ocupavam uma moto e estavam encapuzados e armados interceptaram a caminhonete e iniciaram o sequestro. O vaqueiro foi colocado para o banco de trás, um dos sequestradores ocupou o volante e o outro foi na moto atrás, seguindo.

Familiares de Luiz Amorim deram a informação pelas redes sociais e o ex-titular da SEINC Simplício Araújo acionou a polícia, que iniciou as buscas.

Na manhã deste domingo, 27, o corpo do empresário foi encontrado num loteamento próximo à fábrica de carvão EIB.

Investigações – A polícia está tentando localizar os dois homens e segue algumas linhas de investigação. Uma delas está relacionada com uma discussão recente que o empresário teve com uns vizinhos pecuaristas que chegaram do Ceará. Depois dessa confusão, Luiz Amorim chegou a pedir ao vaqueiro que todas as vezes que fosse para a fazenda ele o acompanhasse, pois havia sido ameaçado numa das discussões, que aconteciam porque os animais andavam invadindo um o terreno do outro. Ultimamente, ‘Seu Luiz’, como era conhecido, trabalhava vendendo gado.

Advogado morre ao sofrer acidente de jet ski em Barreirinhas

 

  por John Cutrim

O advogado maranhense Raimundo Nonato Meireles morreu neste domingo, 27, em Barreirinhas, onde se encontrava para passar o feriado de carnaval.

De acordo com as primeiras informações, Dr. Raimundo estava passeando de jet ski, e teria batido em umas raízes no Rio Preguiças ao perder o controle da moto aquática.

A OAB-MA emitiu nota de pesar

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão, solidariza-se com a classe advocatícia, com os familiares e amigos do advogado Dr. Raimundo Nonato Meireles (OAB/MA 7400), falecido hoje, 27 de fevereiro.

Dr. Raimundo Nonato Meireles era um profissional atuante e que muito contribuiu para advocacia maranhense. Pela OAB Maranhão atuou como Conselheiro Seccional no triênio 2016/2018.

A OAB/MA vem por meio desta, neste momento de dor e consternação, manifestar seu pesar e sua solidariedade à família e amigos.

São Luís (MA), 27 de fevereiro de 2022.

Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão.

Mundo quer poucas coisas do Brasil, e a mais importante é a preservação da Amazônia

 

 

Sebastião Salgado: Um grito em preto e branco

Sebastião Salgado abriu em São Paulo sua nova exposição

João Gabriel de Lima
Estadão

O mais recente festival de Sundance, principal mostra do cinema independente americano, exibiu o documentário “The Territory”. O filme narra a saga dos índios jupaús para expulsar invasores de suas terras. A produção é do nova-iorquino Darren Aronofsky, que se consagrou ao dirigir filmes como “Cisne Negro” e “Réquiem Para Um Sonho”. Uma das personagens do documentário é Neide Suruí, mãe de Txai Suruí, a brasileira que discursou na abertura da COP de Glasgow.

Em 15 de fevereiro, a nova exposição do fotógrafo Sebastião Salgado chegou a São Paulo, depois de passar por Londres, Roma e Paris. Impressionam os registros de populações indígenas, com retratos belíssimos.

ESPETÁCULO MULTIMÍDIA – A exposição de Salgado vai muito além da fotografia. É praticamente um espetáculo multimídia, que incorpora a música de Villa-Lobos e Philip Glass e depoimentos de líderes de nações como os ianomâmis.

Londres, Roma, Paris, Glasgow, São Paulo – e Park City, no Utah, cidade que abriga Sundance. Darren Aronofsky, Philip Glass, Sebastião Salgado. O mundo quer poucas coisas do Brasil. Talvez a mais importante delas – nossa obrigação – seja o fim do desmatamento na Amazônia. Sem a floresta, será impossível cumprir as metas climáticas que permitirão a continuidade da vida no planeta.

Para além da arte, há também ação internacional, em geral conjugada com movimentos brasileiros. Um exemplo recente envolve os próprios jupaús retratados em The Territory. Uma ação conjunta entre o WWF, uma das principais organizações ambientalistas do mundo, fundada na Inglaterra, e a ONG brasileira Kanindé, dirigida por Neide Suruí, está trazendo tecnologia às populações indígenas.

USO DA TECNOLOGIA – “Os estudos mostram que os pontos da floresta onde há menor devastação – 1,6% – são aqueles ocupados por povos indígenas”, diz Neide Suruí. O WWF e a Kanindé treinaram os jupaús no uso de drones, aparelhos de GPS e equipamentos fotográficos.

O objetivo é que, com a ajuda da tecnologia, os jupaús identifiquem os que praticam crimes ambientais, documentem as infrações e os levem à Justiça.

O treinamento incluiu aulas sobre a questão legal, e a ideia é que se alastre por várias nações indígenas.

CAUSA INTERNACIONAL – A exposição internacional e multimídia de Sebastião Salgado, o filme de Darren Aronofsky no Festival Sundance e a aliança entre os povos indígenas e entidades ambientalistas como o WWF mostram que a Amazônia é, cada vez mais, uma causa internacional.

É bom que assim seja. Há quem chame o fenômeno, pejorativamente, de “globalismo”. Dados a magnitude da ameaça climática e os números trágicos do desmatamento nos últimos anos, a palavra correta seria outra: “emergência”.

Liberdade de expressão é um conceito que será testado nesta campanha para as eleições

 

 

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Charge do Duke (chargeonline.com.br)

Merval Pereira
O Globo

Neste ano de campanha eleitoral acirrada, o conceito de liberdade de expressão será testado com frequência. As discussões em andamento sobre Telegram, fake news e outros fenômenos da pós-verdade mostram que esse assunto dominará o ambiente social brasileiro. Fake news, aliás, não deve ser traduzido por notícia falsa, na verdade é notícia fraudulenta, com potencial danoso muito maior.

É a arquitetura da internet que deve ser regulada, com vista à transparência e à lisura, o que tenta fazer o projeto de lei das “Fake News” que está parado na Câmara.

MERCADO DE IDEIAS – O pano de fundo para o debate tem de ser o consenso do mundo ocidental sobre o escopo dessa liberdade, ao mesmo tempo um direito individual e uma garantia coletiva da sociedade, porque, de seus desdobramentos — como as liberdades informativas e a liberdade de imprensa —, depende aquilo que o jurista americano Oliver Wendell Holmes chamou de “marketplace of ideas”, o mercado de circulação livre de informações e ideias, um dos pilares das democracias liberais.

Essa última função tem como limite o que o filósofo austríaco Karl Popper definiu como o “paradoxo da tolerância” (em “A Sociedade aberta e seus inimigos”). A tolerância ilimitada com a intolerância pode, no limite, levar à extinção da própria tolerância.

Como garantir que um governo eleito democraticamente não tome medidas que aniquilem a própria democracia e impeçam alguma minoria de se tornar maioria? No Brasil dos últimos anos, sabemos bem como é difícil conter essas ondas negacionistas das milícias digitais a serviço do governo.

MODELO EUROPEU – Na regulação da liberdade de expressão, o Brasil está mais próximo do modelo europeu do que do americano. A visão americana é mais libertária, toleram-se as manifestações intolerantes até o momento em que representem ameaça concreta à vida ou à ordem pública.

Mas nem nos Estados Unidos a liberdade é absoluta. Há uma gradação entre o discurso de ódio (“hate speech”, ou a advocacia de ideias abjetas), a incitação (“fighting words”, o discurso de rebelião ou insuflação à violência) e o “perigo claro e iminente” (o uso das palavras como gatilho para a violência).

Apenas nesse último caso, quando há um ataque a pessoas ou alvos determinados, com risco iminente, ou quando houver uma rebelião que resulte em destruição da vida ou patrimônio, o discurso pode ser cerceado.

LIBERDADE RESTRITA – Na Europa, em contraste, a compreensão da liberdade de expressão é bem mais restritiva. Na vasta maioria dos países europeus, “hate speech” e “fighting words” também são proibidos.

A exceção é o Reino Unido, onde “hate speech” é aceito, mas “fighting words” não são toleradas. Em muitos países existe, como no Brasil, legislação que criminaliza tipos específicos de discurso, como o racismo, o antissemitismo ou a homofobia, vedando essas manifestações, cuja simples existência é considerada um risco.

Nesse ponto, a sociedade brasileira demonstrou maturidade ao reagir com veemência à manifestação do podcaster Monark em favor de nazistas se organizarem em partidos e manifestarem suas ideias.

SEM UTOPIAS – Não temos — nem teremos — liberdade absoluta, mas se estabeleceu a precedência da liberdade de expressão sobre outros direitos e princípios constitucionais. As redes sociais trouxeram novos desafios para fazer valer direitos individuais ou coletivos. São um foro público de debate sobre o qual o estado deve ter algum tipo de ingerência. 

O caso do Telegram é exemplar: não pode atuar no país se não se submeter às nossas leis. Emissoras e jornais estão sujeitos a todo o arcabouço regulatório, na internet não pode ser diferente. Os algoritmos são criados para favorecer conteúdos mais atraentes, portanto impõem crivo editorial. Nesse ponto, o Marco Civil da Internet adota uma postura pusilânime, segundo muitos especialistas, pois as plataformas só têm responsabilidade a partir do momento em que há decisão judicial mandando retirar o conteúdo ofensivo.

O sistema mais avançado é o da União Europeia, e o país na vanguarda é Alemanha. O princípio correto é conhecido como “notice and take down”: a partir do momento em que uma rede social recebe notificação de que veiculou conteúdo que gerou problema, deveria passar a ser corresponsável.

Charge do Duke

 

 

Charge O TEMPO 26-02-2022

Mesmo quando acerta, Jair Bolsonaro recebe implacáveis críticas, como no caso da Ucrânia

 

 

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Bolsonaro está certo a defender uma posição de neutralidade

Carlos Newton

O apresentador de TV, animador cultural, ator, compositor e produtor artístico Carlos Imperial (1935-1992) teve uma curta e exitosa experiência na imprensa escrita. Durante alguns meses, dividiu com o grande jornalista e cronista Raul Giudicelli a direção da “Fatos & Fotos”, na Editora Bloch. Foi a fase em que revista conseguiu a maior vendagem, exorbitando na capacidade de criticar e elogiar a tudo e a todos, numa confusão editorial da melhor qualidade.

“Sem liberdade para elogiar, nenhuma crítica é válida”, dizia Imperial à equipe da “Fatos & Fotos”, e às vezes enaltecia personagens que estavam sob ataque implacável do resto da mídia, inclusive da revista “Manchete”, que funcionava em outro andar da Bloch.

BOLSONARO É EXEMPLO – O caso da invasão e guerra na Ucrânia é um bom exemplo. A mídia inteira está batendo impiedosamente em Bolsonaro por não criticar a invasão da Ucrânia. É um verdadeiro festival e Putin está sendo até comparado a Adolf Hitler…

Mas aqui na Tribuna, fizemos questão de deixar claro que o assunto não é tão simples assim e a posição de neutralidade do Brasil deve ser a mais indicada, como indica a trajetória da diplomacia brasileira desde o insuperável Barão de Rio Branco, um verdadeiro cidadão do mundo, altamente democrático.

E neste sábado, o consultor Celso Serra publicou um importante artigo aqui na TI, sob o irônico título “Ucrânia caiu na lorota do acordo de não-invasão, como se fosse possível acreditar nas grandes potências…”. Em poucas linhas, num texto direto e inquestionável, Serra liquidou o assunto.

A ORIGEM DE TUDO – Conhecido por seus estudos de estratégia, Celso Serra lembrou a origem de tudo – o Memorando de Budapeste sobre Garantias de Segurança, assinado em 1994 por Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e pelas três ex-repúblicas soviéticas com armas nucleares, Bielorrússia, Ucrânia e Cazaquistão.

Por esse acordo, os três países recebiam garantias de que suas soberanias territoriais seriam respeitadas, de que não seriam ameaçados pelas potências nucleares e de que os demais signatários não usariam a pressão econômica para influenciar suas políticas internas. Bielorrússia, Ucrânia e Cazaquistão concordaram, e se livraram em definitivo de seus arsenais “herdados” em 1991, com o desmantelamento da União Soviética.

Não estava escrito no acordo que as três ex-nações soviéticas poderiam voltar a ter armas nucleares instaladas pela OTAN. Era uma impossibilidade tão óbvia que a Rússia nem a exigiu. E o tratado foi assinado no governo de Bill Clinton, um democrata até pacifista em comparação a seu antecessor, o presidente George Bush, ex-diretor da CIA.

E TUDO MUDOU… – Bem, 25 anos depois, os Estados Unidos, o Reino Unido e seus aliados da OTAN, não mais que de repente, como diria Vinicius de Moraes, decidiram criar uma nova versão do Memorando de Budapeste, para incluir justamente a Ucrânia como novo país-membro do pacto anti-Rússia.

Assim, reeditando o episódio da crise dos mísseis em 1962, quando o presidente John Kennedy peitou a União Soviética e impediu a instalação de armamentos balísticos russos em Cuba, agora Putin perde a paciência e invade a Ucrânia.

A mídia ocidental, que é hegemonicamente americanófila, oculta toda a origem da crise e demoniza o presidente russo Vladimir Putin, que está reagindo contra a quebra de um importantíssimo acordo de desarmamento nuclear. Como assinalou Celso Serra aqui na TI, realmente não é possível acreditar nas grandes potências…

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P.S.
 – Na política internacional, não adianta se levar pelas aparências. Esse intrincado imbróglio na Ucrânia não é assunto do Brasil, que é membro do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O bom-senso recomenda neutralidade, conforme acertadamente Bolsonaro se postou, e está recebendo críticas de todos os lados. Bem, como dizia Carlos Imperial, quando todos criticam e ninguém elogia, alguma coisa está fora da ordem, até porque Nelson Rodrigues já nos ensinou que toda unanimidade é burra. (C.N.)

“Por causa de você” destaca uma parceria lendária entre Tom Jobim e Dolores Duran

 

 

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Gigantes da MPB: Antonio Maria, Tom, Vinicius e Dolores Duran

Paulo Peres
Poemas & Canções

A cantora, pianista e compositora carioca Adiléa da Silva Rosa (1930-1959), a saudosa Dolores Duran, foi uma das maiores representantes do samba-canção, gênero musical onde prevaleciam a “fossa e a dor de cotovelo” nos anos 50, conforme a letra de “Por Causa de Você”, em parceria com o mestre Tom Jobim,  que retrata a tristeza de uma pessoa e do ambiente em que ela mora, pela perda de um amor.

A música foi gravada por Dolores Duran, em 1958, pela Copacabana. Na época, Dolores já era muito famosa e Tom ainda estava começando a despontar. Os dois também criaram “Estrada do Sol”, entre outras canções.

POR CAUSA DE VOCÊ
Tom Jobim e Dolores Duran

Ah, você está vendo só
Do jeito que eu fiquei
E que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples
Que você tocou

A nossa casa, querido
Já estava acostumada
Aguardando você
As flores na janela sorriam, cantavam
Por causa de você

Olhe, meu bem
Nunca mais nos deixe, por favor
Somos a vida, o sonho
Nós somos o amor

Entre, meu bem, por favor
Não deixe o mundo mau
Lhe levar outra vez
Me abrace simplesmente
Não fale, não lembre
Não chore, meu bem.