Foto: Renato Andrade/ Cidade Verde
O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Marcelino Lopes, não descartou acionar a Justiça caso seja sancionado o projeto de lei que permite a transferência da arrecadação da bilhetagem eletrônica do transporte público da capital para a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb).
Marcelino Lopes explicou que os empresários concordaram que a Prefeitura de Teresina assuma a operacionalização do sistema e que, inclusive, assinaram um acordo concedendo a função à administração municipal. O vice-presidente, no entanto, ressaltou que as empresas não vão abrir mão de emitir e vender os bilhetes de ônibus.
“Nossa proposta é retirar do projeto de lei toda e qualquer expressão que se fale sobre emissão e comercialização de bilhetes. O restante, tudo que eles acharem que será gerido melhor pela Prefeitura eles podem levar. Não tem problema nenhum. Isso é mais uma prova inequívoca de que não temos nada a esconder, pois se tivéssemos não teríamos assinado um acordo em outubro do ano passado. O que não concordamos é com a quebra de contrato. O meu contrato, aquele que todas as empresas ganharam, reza claramente o objeto e dentro dele tem a bilhetagem eletrônica. Só podemos mudar por acordo. Unilateralmente, a Prefeitura não pode”, destacou.
Segundo o vice-presidente, o temor do grupo de empresários é de que a administração municipal, ao ficar à frente da arrecadação da bilhetagem, posteriormente, não repasse os recursos para eles.
“Todas às vezes que tínhamos para receber algo da Prefeitura foi por meio da Justiça”, relembrou.
Marceline Lopes acrescentou que espera não ter que chegar até as vias judiciais e informou que o objetivo é convencer os membros da gestão do prefeito Dr. Pessoa (MDB) a solicitarem a retirada do projeto de pauta.
Prefeitura quer fiscalizar e modernizar, diz Pessoinha
Foto: Renato Andrade/ Cidade Verde
O presidente da Eturb, João Duarte, o Pessoinha, afirmou que o objetivo da Prefeitura de Teresina, ao buscar o controle e arrecadação, é o de modernizar e intensificar a fiscalização sob a bilhetagem eletrônica.
João Duarte frisou que a Prefeitura quer saber quantos usuários, de fato, utilizam o serviço a fim de identificar a necessidade do pagamento de verbas indenizatórios aos empresários, além de implementar novas modalidade de venda para as passagens.
“A gente veio aqui apontar algumas soluções pois hoje a maneira como é adquirida a bilhetagem pelos usuários é de uma maneira e queremos modernizar a pedido do prefeito Dr. Pessoa. A gente está à disposição para cumprir missão, caso a Câmara entenda que seja esse projeto de lei, a população será beneficiada”, frisou o presidente da Eturb.
Foto: Renato Andrade/ Cidade Verde
Paula Sampaio
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