quarta-feira, 16 de março de 2022

Assédio do PL complica os partidos da base de Bolsonaro e PP tem debandada em São Paulo

 

 

Jorge Braga - 04 de março de 2022

Charge de Jorge Braga (Arquivo Google)

Camila Turtelli e Matheus Lara
Coluna do Estadão

O avanço do PL sobre parlamentares da base de Bolsonaro tem deixado lacunas e até mesmo abismos em alguns partidos. O Progressistas do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em São Paulo, por exemplo, vive uma debandada. Três dos quatro deputados da bancada paulista deixaram ou estão para sair do partido nesta janela partidária, restando apenas o presidente estadual, Guilherme Mussi, que não deve concorrer à reeleição.

A legenda negociava a filiação de Eduardo Bolsonaro e de Carla Zambelli, ambos ainda no União, puxadores de votos bolsonaristas, para reforçar o PP. No entanto, as conversas esfriaram e a ida dos dois para o PL é dada como certa nos bastidores da sigla do presidente.

OUTRAS DESERÇÕES – Ricardo Izar foi o primeiro deputado paulista a deixar o PP e se mudar para o Republicanos. Já Fausto Pinato está para selar sua ida para o União Brasil. Por fim, Guilherme Derrite deve ir para o PL.

O PP em São Paulo deve apostar suas fichas no deputado estadual Coronel Telhada para a Câmara Federal. À Coluna do Estadão, Telhada disse que a legenda deve eleger ao menos cinco deputados por São Paulo neste ano, com a entrada de novos nomes para o partido.

À Coluna, o presidente estadual Guilherme Mussi diz que o PP já era esperada uma reformulação dos quadros e que deve filiar de dois a três deputados nas próximas semanas.

JANELA PARTIDÁRIA – Enquanto isso, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, tenta conter as perdas do partido durante a janela partidária, que segue aberta até o início do mês que vem, tendo o dia 2 como prazo fatal para filiações e desincompatibilizações.

O novo partido, que é fruto da fusão do PSL com o DEM, foi até agora, o mais afetado pelo assédio do PL, novo partido de Jair Bolsonaro PL: dos 16 deputados que saíram do União Brasil, 13 foram para a legenda presidida por Valdemar Costa Neto.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Já era esperado que o novo partido de Bolsonaro se fortalecesse muito nessa eleição. Embora tenha cumprido cadeia no Mensalão, o ex-deputado Valdemar Costa Neto mostra que é um homem de sorte. Ele é presidente e dono do PL, um partido que já foi sério e admirável, quando era presidido por Álvaro Valle, um político de altíssimo gabarito, que fez oposição ao trêfego presidente FHC.  

E se a família Bolsonaro pensa (?) que vai mandar no PL, pode tirar o cavalo da chuva, como se dizia nos bons tempos. (C.N.)

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