quarta-feira, 25 de abril de 2012

CPI começa com plano para blindar Planalto

Com ampla maioria governista, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira começa a funcionar hoje pronta para blindar o governo. Mal foi indicado como relator da CPI, o deputado Odair Cunha (PT-MG) deixou claro, ontem, o limite das investigações: elas não podem atingir o Planalto ou integrantes do governo. Dos 32 titulares da CPI, só 7 serão de partidos de oposição. “Temos que ter clareza de que estamos investigando Carlinhos Cachoeira e suas relações. Não é uma investigação que necessariamente vá para cima do Planalto ou qualquer membro do governo. Queremos investigar o fato determinado que originou a CPI”, disse Cunha, ao negar “conflito de interesse” com o fato de ser vice-líder do governo e relator da comissão. “Não sou nem mais nem menos governista do que qualquer deputado do PT.”
Num primeiro momento, a base aliada na CPI deverá poupar dois assessores do Planalto que tiveram seus nomes ligados a Cachoeira. O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot acusou assessores do Planalto de atuarem para derrubá-lo, deixando vazar informações de interesse da organização de Cachoeira. A convocação de Pagot é vista como inevitável, até por governistas. Em entrevista ao Estado, o ex- diretor do Dnit disse que o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institu-cionais, Olavo Noleto, e o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, repassaram dados de reunião sigilosa da pre-sidente Dilma Rousseff com a cú-pula dos Transportes, em 5 de junho de 2011.( ) Estado de São Paulo )

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