Ao participar de festa promovida por cinco centrais sindicais em São Paulo, durante as comemorações do Dia do Trabalho, Brizola Neto minimizou as insatisfações dos dirigentes do partido com sua indicação. “Em qualquer partido é normal que haja escolhas e preferências pessoais”, declarou. Segundo ele, há “questões maiores” para unir o partido do que divergências no processo de escolha de ministro. “É importante o partido dar sinalização de unidade”, ressaltou.
Na entrevista coletiva, concedida na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista, defendeu a retomada da produção industrial “sem a perda de direitos” do trabalhador como principal meta de sua gestão.
Ele assume o cargo ocupado interinamente, desde dezembro, por Paulo Roberto Pinto. Dilma era pressionada pelo PDT a indicar um nome do partido desde que o presidente da legenda, Carlos Lupi, deixou o Ministério do Trabalho após ser alvo de denúncias. A escolha da presidenta, no entanto, não agradou ao comando pedetista, que se queixou de “falta de diálogo” por parte de Dilma.
A presidenta escolheu Brizola Neto por considerá-lo um aliado fiel ao seu governo. No final de fevereiro, por exemplo, o deputado fluminense votou a favor do novo modelo de previdência para o funcionalismo público, com a criação da Fundação de Previdência Complementar do Serviço Público Federal (Funpresp). Dos 24 pedetistas, apenas o deputado fluminense e Marcos Medrado (BA) votaram conforme a orientação do Planalto (veja a lista de votação). O restante da bancada se posicionou contra a proposta governista.
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