O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirma que sua pré-candidatura é sustentada por uma resolução da própria direção nacional do partido, que garante candidatura própria onde a legenda tiver nome viável. Esta mesma direção nacional tem mostrado tendência a apoiar o nome do deputado federal Edivaldo Holanda Júnior (PTC), e ainda existe uma pressão grande de muitos pedetistas pela manutenção da aliança com o prefeito João Castelo.
Em entrevista a O Imparcial, Vidigal ressalta que as diferenças são importantes e as respeita, mas afirma que o PDT deve respeitar suas próprias resoluções. Confira:
O Imparcial - O lançamento de sua pré-candidatura busca realmente a viabilidade de se tornar candidatura, ou seria mais um protesto do grupo Resistência Democrática?
Edson Vidigal - A direção nacional do PDT editou uma Resolução determinando candidatura própria nas capitais e que só na impossibilidade da candidatura própria é que o partido deve se mover em outras direções. A minha pré-candidatura prova que na capital do Maranhão essa impossibilidade não existe. O PDT de São Luís só não terá candidato próprio a prefeito se não quiser.
A decisão final do destino do PDT em outubro não sairá do Diretório Nacional? Como convencê-lo da candidatura com a força que lá possui o secretário-geral Weverton Rocha?
O PDT consagra em seus Estatutos a democracia interna. As divergências são necessárias. O debate respeitoso em torno das ideias consistentes é imprescindível à democracia interna. É isso que diferencia um partido político de uma tribo.
Porque o grupo é contrário à manutenção do apoio ao prefeito João Castelo ou ao deputado Edivaldo Holanda Júnior?
A ordem da direção nacional é para que o PDT tenha candidatura própria a Prefeito nas Capitais. Há um nome à disposição provando que a impossibilidade da candidatura própria é impossível na capital do Maranhão. Por isso, não tem porque pensar em outro nome.
No mesmo dia do lançamento de sua pré-candidatura, o grupo de vereador Ivaldo Rodrigues lançou um manifesto de apoio ao prefeito. Ainda existem correntes que defendem outras alianças. Na sua opinião, qual será o rumo do PDT de agora em diante?
O rumo do PDT deve ser o da vitória nas urnas com candidato próprio a prefeito e uma excelente chapa de candidatos a Vereadores.
O deputado licenciado Rubens Jr (PCdoB), representante de Flávio Dino, que lidera hoje um grupo de pré-candidatos da oposição, participou do lançamento de sua pré-candidatura. O senhor não acredita que para o PDT seria importante participar de uma coalisão como a Frente de Libertação que levou Jackson Lago ao governo do estado em 2006?
A eleição do Jackson se deu no segundo turno com o decisivo apoio dos eleitores que votaram em mim para Governador no primeiro turno. Por isso, as aproximações podem ser consolidadas no segundo turno.
Muitos pedetistas de outras correntes dizem não aceitar sua candidatura por ter chegado recentemente ao partido e que poderia haver outros nomes mais tradicionais? Como o Sr. responde a este estigma de forasteiro?
Estou vacinado contra a intriga.
Quais são suas principais propostas para melhorar a vida dos ludovicenses?
Saúde pública e segurança pública, escolas com ensino de qualidade, transporte coletivo, limpeza pública e saneamento básico são os pontos cruciais que a administração precisa melhorar. A falta de água para a maioria da população é um problema que precisa ser enfrentado o quanto antes. Entendo que o modelo de gestão descentralizada e que interaja com a população, além de tornar mais eficaz a ação pública, fomenta o exercício da cidadania: as ruas de todos os bairros precisam se sobrepor aos gabinetes.( O Imparcial )
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