(Foto: Ruy Sposati)
As obras nos canteiros da Usina
de Belo Monte, na Volta Grande do Xingu, em Altamira, continuam
paralisadas. Os trabalhadores estão em greve desde o dia 23. A greve
foi decretada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 8ª
Região no dia 25. No dia 27, a liminar foi suspensa temporariamente a
pedido do Consórcio Construtor Belo Monte na Ação Cautelar
0000230-78/2012 até ontem (1º).
O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM)
informou, através da assessoria, que colocou nesta quarta-feira toda a
infraestrutura para a retomada dos serviços inclusive os ônibus que
transportam os trabalhadores, mas eles não voltaram. "Eles seguiram
fazendo a barricada contrariando a decisão do interdito proibitório que
proibiu o fechamento do Travessão no Km 27 da Transamazônica", informou a
assessoria.
Já o Sindicato dos Trabalhadores da
Construção Pesada do Pará (Sintrapav/PA) informou que os trabalhadores
não foram trabalhar porque "a empresa não disponibilizou ônibus". O
vice-presidente da entidade, Roginel Gobbo, afirmou que a empresa
colocou apenas os ônibus dos serviços essenciais. Ele nega que tenham
feito barricada no Travessão. "Fomos lá para observar", disse.
Gobbo acredita que a direção do CCBM
teria aceitado seu pedido de conceder a quarta-feira de folga
considerando que nos próximos dois dias (quinta e sexta-feira) os
trabalhadores estarão de folga por conta do recebimento do salário.
Os trabalhadores do CCBM entraram em
greve reivindicando reajuste da cesta básica de R$ 95 para R$ 300, e a
redução do período de seis para três meses para visita a família. A
Justiça do Trabalho considerou a greve ilegal porque o acordo coletivo
firmado ano passado ainda está em vigor e não está sendo descumprido.
(Agência Estado)
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