Do blog do Louremar Fernandes
Antonio Carlos de Carvalho Lago é advogado formado pela Universidade Federal do Maranhão.
Se
apresenta como pré-candidato à prefeito de Bacabal. No início encontrou
a barreira de ser desconhecido do povão, embora tenha vivido uma boa
parte da sua vida na cidade e tenha laços com os bacalenses.
Estudou
nos colégios Graça Aranha e Nossa Senhora dos Anjos. Casou-se com
Fernanda Paiva, filha do casal Almiro Paiva e ‘dona’ Chiquinha. Antonio
Carlos participou ativamente do governo Jackson Lago, seu irmão, quando
foi Presidente do Porto do Itaqui.
Depois
que teve seu nome lançado como pré-candidato tem feito reuniões em
bairros e conversado com a classe comercial e empresarial. Se diz muito
satisfeito com a receptividade do seu nome.
Em conversa com a reportagem do Blog, ele fala das suas motivações e de como está o andamento da campanha.
O que lhe motivou a colocar o seu nome como pré-candidato?
Em
primeiro lugar a história da minha família. Nós sempre participamos da
política de Bacabal. Ajudamos o Jackson em são Luis também. Mas sempre
nos bastidores uma vez que na família tinha o Bete aqui em Bacabal,
tinha o Wagner que foi também deputado federal e o Jackson, que foi
inclusive candidato a prefeito de Bacabal em 1976 e depois partiu pra
fazer a política em são Luis. Nós sempre participamos disso nos
bastidores, ajudando, fazendo partido, fazendo filiação, fazendo
convenções.
Com o falecimento do
Jackson e do Bete ficou na família uma interrogação. Agora quem vai?
Então, Antonio Carlos tu é que vai, porque tu que fazia na época das
campanhas, fazia as coordenações.
Como
nós fizemos aqui em 2002, 2006 e 2010. E , conhecedor de uma série de
problemas de Bacabal, não só de Bacabal, como da região, nós resolvemos
ingressar num movimento de oposição de Bacabal, chamado MAB – Movimento
Alternativo Bacabalense e nesse movimento nós fomos escolhidos através
do voto direto e secreto como pré-candidato desse movimento a prefeito
de Bacabal. Aceitamos esse desafio e estamos nessa luta tentando
viabilizar essa pré candidatura e esperamos sensibilizar a população
para a eleição para que aconteça a mudança que essa população tanto
deseja nas atuais práticas políticas que são realizadas em Bacabal.
Em relação ao MAB, o movimento sofreu algumas baixas…
É
verdade. O MAB como todo movimento passou por uma fase de depuração, de
filtração. Nós entendemos que hoje está no MAB quem realmente está
compromissado, comprometido em fazer oposição de verdade. Essa fase de
depuração, de filtração ela é normal, é salutar. Isso fez com que o
movimento realmente ficasse formado por pessoas comprometidas com
mudanças não só em bacabal como em todo o maranhão.
Você tem feito algumas palestras em bairros da cidade, qual a sua avaliação. Como o povo tem recebido suas propostas?
A
gente tem feito algumas reuniões em casa de amigos, igrejas. O que a
gente sente é um descontentamento quase que generalizado da população,
um distanciamento da população, uma descrença da população da classe
política. E a nossa proposta essa nova proposta, essa proposta que o MAB
traz de discutir com o povo e preparar um esboço de plano de governo
para com esse plano de governo nós discutirmos durante a campanha isso
tem sido muito bem recebido. É uma situação nova que o povo ta dizendo “
bom, o senhor vai trazer um esboço de plano de governo?” Eu digo,
exatamente, discutir com os senhores e fazer um planejamento para se
resolver os problemas dos bairros.
Não
vamos resolver os problemas de todos dos bairros porque isso é
humanamente impossível. Vocês moradores dos bairros tem que dizer o que é
prioritário e nós vamos então eleger essas prioridades e trabalhar em
cima delas. A receptividade tem sido muito boa o que nos encoraja e nos
dá força para continuar nessa luta
No
governo do seu irmão, o ex-governador Jackson Lago, a administração de
Bacabal foi tratada com especial carinho. Essa relação gerou frutos?
Eu
tenho procurado os frutos dos recursos que vieram para Bacabal da
administração Jackson lago. Mas o que a gente tem visto é muito pouca
coisa. Alguns até feitos de maneira assim… houve um certo desvio – não
vou dizer de recursos, mas vieram pra determinadas coisas e foram
utilizados em outras coisas. Durante a campanha nós vamos discutir com a
população o que foi que veio, quanto veio e junto com a população
cobrar a aplicação desses recursos. Eu digo que não foram poucos.
Bacabal foi uma das cidades mais bem aquinhoadas pelo governo Jackson
lago.
Muito se tem discutido a
formação de uma base para a eleição de 2014, ano de eleição para o
governo do estado. Qual a sua visão a respeito disso?
Bacabal
também esta se integrando a esse movimento estadual. Nós já fizemos um
seminário em Bacabal no sentido de politizar a posição de Bacabal no
cenário político do maranhão. Apesar da importância do município,
Bacabal hoje é pouco discutida, até pouco considerada no contexto
político do Maranhão. Então nós estamos juntamente com outros
companheiros dos partidos de oposição como o PT, PSOL, PDT, PSB, PCdoB,
atuando nos principais municípios do maranhão para que se possa começar a
mudança agora em 2012 e em 2014 acontecer a grande libertação do
Maranhão com a eleição para o governo do Estado de um candidato da
oposição que tudo indica seja o ex-deputado Flávio Dino e que já vai,
apesar da tragédia familiar que foi vitima há pouco tempo, já vai
retomar no dia 10 de junho a militância política no Maranhão.
Ele
vai participar de algumas convenções no Estado. Nós temos a certeza de
que estamos plantando a semente que há de florescer em 2014 com a
vitória das oposições do Maranhão na eleição para governador.
A sua candidatura é irreversível?
É
irreversível desde que ela continue do jeito que se encontra até o
presente momento, recebendo da população apoio, incentivos e também
continuando juntos os partidos que estão junto conosco no MAB.
A
política é muito dinâmica. Tudo pode acontecer, mas até o presente
momento nós pretendemos ser candidatos, a irreversibilidade vai depender
de fatores, de acontecimentos, de ações políticas. Nós não somos
candidatos por vaidade pessoal, nós estamos numa missão política. e se
essa missão nos exigir algum tipo de sacrifício nós estamos prontos pra
partir pra esse sacrifício. Nós estamos determinados a enfrentar essa
luta que é árdua, que vai ser difícil. A nossa candidatura pela
receptividade que está tendo, pelo apoio e pelo desprendimento e
comprometimento dos partidos que estão juntos conosco, ela até o
presente momento é irreversível.
Estima-se
que uma campanha em Bacabal custe em torno de R$ 8 milhões e que quem
não tenha dinheiro não conseguirá se eleger. Como você vê isso?
Lamentavelmente
as últimas eleições no maranhão tem se feito um casamento da riqueza
com a possibilidade de eleição. Mas nós estamos na luta exatamente
porque entendemos política o contrário de tudo isso. É função nossa, é
obrigação da oposição, politizar o povo para que o povo escolha bem. No
momento em que o povo estiver politizado aqueles candidatos que chegarem
com 50 [reais] em um bolso, 20 em outro, 5 no outro, pra dar de acordo
com a necessidade do eleitor, esse candidato vai começar a desaparecer.
Na
hora que o povo estiver politizado, que tomar consciência dos seus
direitos, essa história de se fazer uma relação direta entre fortuna,
dinheiro de origem até duvidosa e eleição, nós entendemos que isso é
muito ruim. Devemos discutir a política na sua essência e na essência da
política, o dinheiro, a fortuna não tem vez nesse processo. O que tem
vez são as discussões no bom sentido de procurar, de maneira política,
através da discussão, da conversa, para resolver os problemas do povo do
maranhão. Entendemos que o povo politizado vai dissociar essa questão
de dinheiro e voto. O eleitor vai votar de acordo com a sua consciência.
Bacabal
teve na ultima eleição, aproximadamente 20 mil pessoas que saíram de
casa pra votar em dois candidatos de oposição , Flavio Dino e Jackson
Lago, que não tinham absolutamente nada de estrutura aqui em Bacabal, a
estrutura fraquíssima se comparamos à estrutura que apoiou a atual
governadora. Então se houver por parte da oposição esse trabalho de
conscientização, esse número de quase 20 mil pessoas que saíram de casa
para votar na oposição porque saíram conscientes de que deveria haver
mudança, esse número vai aumentar.
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