sexta-feira, 1 de junho de 2012

Irmão de Jackson Lago quer ser prefeito de Bacabal

Do blog do Louremar Fernandes
Antonio Carlos de Carvalho Lago é advogado formado pela Universidade Federal do Maranhão.
Se apresenta como pré-candidato à prefeito de Bacabal. No início encontrou a barreira de ser desconhecido do povão, embora tenha vivido uma boa parte da sua vida na cidade e tenha laços com os bacalenses.
Estudou nos colégios Graça Aranha e Nossa Senhora dos Anjos. Casou-se com Fernanda Paiva, filha do casal Almiro Paiva e ‘dona’ Chiquinha. Antonio Carlos participou ativamente do governo Jackson Lago, seu irmão, quando foi Presidente do Porto do Itaqui.
Depois que teve seu nome lançado como pré-candidato tem feito reuniões em bairros e conversado com a classe comercial e empresarial. Se diz muito satisfeito com a receptividade do seu nome.
Em conversa com a reportagem do Blog, ele fala das suas motivações e de como está o andamento da campanha.
O que lhe motivou a colocar o seu nome como pré-candidato?
Em primeiro lugar a história da minha família. Nós sempre participamos da política de Bacabal. Ajudamos o Jackson em são Luis também. Mas sempre nos bastidores uma vez que na família tinha o Bete aqui em Bacabal, tinha o Wagner que foi também deputado federal e o Jackson, que foi inclusive candidato a prefeito de Bacabal em 1976 e depois partiu pra fazer a política em são Luis. Nós sempre participamos disso nos bastidores, ajudando, fazendo partido, fazendo filiação, fazendo convenções.
Com o falecimento do Jackson e do Bete ficou na família uma interrogação. Agora quem vai? Então, Antonio Carlos tu é que vai, porque tu que fazia na época das campanhas, fazia as coordenações.
Como nós fizemos aqui em 2002, 2006 e 2010. E , conhecedor de uma série de problemas de Bacabal, não só de Bacabal, como da região, nós resolvemos ingressar num movimento de oposição de Bacabal, chamado MAB – Movimento Alternativo Bacabalense e nesse movimento nós fomos escolhidos através do voto direto e secreto como pré-candidato desse movimento a prefeito de Bacabal. Aceitamos esse desafio e estamos nessa luta tentando viabilizar essa pré candidatura e esperamos sensibilizar a população para a eleição para que aconteça a mudança que essa população tanto deseja nas atuais práticas políticas que são realizadas em Bacabal.
Em relação ao MAB, o movimento sofreu algumas baixas…
É verdade. O MAB como todo movimento passou por uma fase de depuração, de filtração. Nós entendemos que hoje está no MAB quem realmente está compromissado, comprometido em fazer oposição de verdade. Essa fase de depuração, de filtração ela é normal, é salutar. Isso fez com que o movimento realmente ficasse formado por pessoas comprometidas com mudanças não só em bacabal como em todo o maranhão.
Você tem feito algumas palestras em bairros da cidade, qual a sua avaliação. Como o povo tem recebido suas propostas?
A gente tem feito algumas reuniões em casa de amigos, igrejas. O que a gente sente é um descontentamento quase que generalizado da população, um distanciamento da população, uma descrença da população da classe política. E a nossa proposta essa nova proposta, essa proposta que o MAB traz de discutir com o povo e preparar um esboço de plano de governo para com esse plano de governo nós discutirmos durante a campanha isso tem sido muito bem recebido. É uma situação nova que o povo ta dizendo “ bom, o senhor vai trazer um esboço de plano de governo?” Eu digo, exatamente, discutir com os senhores e fazer um planejamento para se resolver os problemas dos bairros.
Não vamos resolver os problemas de todos dos bairros porque isso é humanamente impossível. Vocês moradores dos bairros tem que dizer o que é prioritário e nós vamos então eleger essas prioridades e trabalhar em cima delas. A receptividade tem sido muito boa o que nos encoraja e nos dá força para continuar nessa luta
No governo do seu irmão, o ex-governador Jackson Lago, a administração de Bacabal foi tratada com especial carinho. Essa relação gerou frutos?
Eu tenho procurado os frutos dos recursos que vieram para Bacabal da administração Jackson lago. Mas o que a gente tem visto é muito pouca coisa. Alguns até feitos de maneira assim… houve um certo desvio – não vou dizer de recursos, mas vieram pra determinadas coisas e foram utilizados em outras coisas. Durante a campanha nós vamos discutir com a população o que foi que veio, quanto veio e junto com a população cobrar a aplicação desses recursos. Eu digo que não foram poucos. Bacabal foi uma das cidades mais bem aquinhoadas pelo governo Jackson lago.
Muito se tem discutido a formação de uma base para a eleição de 2014, ano de eleição para o governo do estado. Qual a sua visão a respeito disso?
Bacabal também esta se integrando a esse movimento estadual. Nós já fizemos um seminário em Bacabal no sentido de politizar a posição de Bacabal no cenário político do maranhão. Apesar da importância do município, Bacabal hoje é pouco discutida, até pouco considerada no contexto político do Maranhão. Então nós estamos juntamente com outros companheiros dos partidos de oposição como o PT, PSOL, PDT, PSB, PCdoB, atuando nos principais municípios do maranhão para que se possa começar a mudança agora em 2012 e em 2014 acontecer a grande libertação do Maranhão com a eleição para o governo do Estado de um candidato da oposição que tudo indica seja o ex-deputado Flávio Dino e que já vai, apesar da tragédia familiar que foi vitima há pouco tempo, já vai retomar no dia 10 de junho a militância política no Maranhão.
Ele vai participar de algumas convenções no Estado. Nós temos a certeza de que estamos plantando a semente que há de florescer em 2014 com a vitória das oposições do Maranhão na eleição para governador.
A sua candidatura é irreversível?
É irreversível desde que ela continue do jeito que se encontra até o presente momento, recebendo da população apoio, incentivos e também continuando juntos os partidos que estão junto conosco no MAB.
A política é muito dinâmica. Tudo pode acontecer, mas até o presente momento nós pretendemos ser candidatos, a irreversibilidade vai depender de fatores, de acontecimentos, de ações políticas. Nós não somos candidatos por vaidade pessoal, nós estamos numa missão política. e se essa missão nos exigir algum tipo de sacrifício nós estamos prontos pra partir pra esse sacrifício. Nós estamos determinados a enfrentar essa luta que é árdua, que vai ser difícil. A nossa candidatura pela receptividade que está tendo, pelo apoio e pelo desprendimento e comprometimento dos partidos que estão juntos conosco, ela até o presente momento é irreversível.
Estima-se que uma campanha em Bacabal custe em torno de R$ 8 milhões e que quem não tenha dinheiro não conseguirá se eleger. Como você vê isso?
Lamentavelmente as últimas eleições no maranhão tem se feito um casamento da riqueza com a possibilidade de eleição. Mas nós estamos na luta exatamente porque entendemos política o contrário de tudo isso. É função nossa, é obrigação da oposição, politizar o povo para que o povo escolha bem. No momento em que o povo estiver politizado aqueles candidatos que chegarem com 50 [reais] em um bolso, 20 em outro, 5 no outro, pra dar de acordo com a necessidade do eleitor, esse candidato vai começar a desaparecer.
Na hora que o povo estiver politizado, que tomar consciência dos seus direitos, essa história de se fazer uma relação direta entre fortuna, dinheiro de origem até duvidosa e eleição, nós entendemos que isso é muito ruim. Devemos discutir a política na sua essência e na essência da política, o dinheiro, a fortuna não tem vez nesse processo. O que tem vez são as discussões no bom sentido de procurar, de maneira política, através da discussão, da conversa, para resolver os problemas do povo do maranhão. Entendemos que o povo politizado vai dissociar essa questão de dinheiro e voto. O eleitor vai votar de acordo com a sua consciência.
Bacabal teve na ultima eleição, aproximadamente 20 mil pessoas que saíram de casa pra votar em dois candidatos de oposição , Flavio Dino e Jackson Lago, que não tinham absolutamente nada de estrutura aqui em Bacabal, a estrutura fraquíssima se comparamos à estrutura que apoiou a atual governadora. Então se houver por parte da oposição esse trabalho de conscientização, esse número de quase 20 mil pessoas que saíram de casa para votar na oposição porque saíram conscientes de que deveria haver mudança, esse número vai aumentar.

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