Do G1 MA
O
prefeito reeleito de Imperatriz, Sebastião Madeira decidiu suspender,
nesta quarta-feira (31), o ato de demissão da professora Uliane Araújo
Santa Rosa, de 24 anos, que fotografou a situação de uma sala de aula do
Colégio Municipalizado Guilherme Dourado.
"Será feita uma avaliação da situação da escola, da professora, e a
situação de todas as escolas municipais também será revista", afirmou o
prefeito.
Nas imagens feitas pela
professora é possível ver os alunos se protegendo com guarda-chuvas,
além do chão da sala de aula alagado e buracos no telhado da
instituição. De acordo com a professora, a intenção ao publicar as
imagens era chamar a atenção para os problemas da rede municipal. “Não
identifiquei o nome do colégio ou de qualquer funcionário da
instituição, mas publiquei as fotos em meu perfil pessoal, pois acredito
que não se deve ficar de braços cruzados diante de uma situação assim”,
falou ao G1. As fotos publicadas nas redes sociais foram acessadas por
mais de 20 mil pessoas em todo o país.
Foto: Uiliene Santa Rosa
Foto mostra alunos com guarda-chuvas dentro de sala de aula
A professora de História foi demitida após a grande repercussão do
caso. Segundo o secretário municipal de Educação, Zeziel Ribeiro da
Silva, Uiliene Araújo Santa Rosa é seletivada e seu contrato foi
rescindido após a postagem da situação da escola nas redes sociais. O
secretário afirmou que o episódio foi isolado e que a escola, que fica
no parque São José, um bairro da periferia de Imperatriz, tem um dos
melhores prédios entre as municipalizadas da cidade.
A direção da escola afirmou que a demissão ocorreu porque a professora
divulgou as fotos sem antes comunicar o problema da sala de aula e que
Uiliane já vinha se desentendendo com boa parte dos funcionários. "Eu já
fiquei sabendo pela internet. Ela não teve ética, ela deveria ter
tirado os alunos da sala e pedir, mostrar o que estava acontecendo”,
disse a diretora Ivone Carvalho.
Uiliene Araújo acredita que a demissão foi uma retaliação por causa das
fotos publicadas. A professora acionou a Justiça denunciando a situação
da escola para ter seus direitos reconhecidos.
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