Secretário Átila Lira, da Educação: mudanças nas lotações e na carga horária dos professores da rede pública
Cerca de 10 mil professores querem parar as aulas das escolas estaduais por cinco dias, em protesto contra o corte do auxílio transporte no valor de R$ 176,00 e contra o desconto em média de R$ 300,00 nos contracheques, por conta da carga horária de aulas. Com isso, os professores também suspendem as aulas de reposição, ministradas aos sábados, para garantir o cumprimento ano letivo até fevereiro, em função da greve da categoria que paralisou as aulas por mais de quatro meses.
Hoje, um grupo se concentra a partir das 9 horas no pátio da Secretaria de Educação. Eles querem a reposição dos valores em folha suplementar, sob risco de paralisação por tempo indeterminado. A manifestação vai reivindicar de imediato o retorno do auxílio transporte e a reposição dos valores cortados nos contracheques. "O desconto foi indevido e nem avisaram ou comunicaram aos professores. A lei do piso diz que os professores devem cumprir até no máximo 26 horas/aula. O Governo do Estado está exigindo o cumprimento de 28 horas/aula e quem se recusou a dar estas aulas, teve os contracheques descontados", informou Landim Neto, do comando do movimento.
Segundo os professores, os servidores não têm como ir à escola sem o auxílio transporte. A assembleia da categoria acontece na amanhã, no Sindicato dos Trabalhadores em Educação para tratarem do assunto.
OUTRO LADO - A Secretaria de Educação afirmou que desde junho estão sendo revistas as lotações dos professores por carência de pessoal nas escolas, daí a necessidade de remanejamento e acréscimo de carga horária. Tem que ter mais professor em sala de aula, porque vários professores, segundo a assessoria do secretário Átila Lira, estavam com carga horária incompleta. "Todos foram convocados e muitos se recusaram a comparecer. Houve a revisão de lotação e quem não se regularizou teve o desconto no contracheque. Voltar à sala de aula é uma necessidade, porque tem carência e professores. Agora, muitos estão se regularizando para cumprir a carga horária", explicou Átila Lira, por meio de sua asses-soria.
Com relação ao desconto do auxílio transporte, houve um decreto do governador do Estado para todos os servidores que ganham mais de R$ 1.850,00 não terão mais o benefício. "Não é um ato da secretaria, é do governador", advertiu o secretário. Sobre a manifestação dos professores, a Educação vai esperar o movimento, ouvir as reivindicações e negociar com os grevistas, se for o caso. "Não fomos informados de nada oficialmente. Sempre tivemos um diálogo aberto e nossa intenção é valorizar o professor", finalizou Átila Lira.
( Diário do Povo )
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