De acordo com dados do MPT no Maranhão, 30 empregadores utilizaram força de trabalho de forma irregular em 2012.
No dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que aconteceu ontem, o
Ministério Público do Trabalho do Maranhão (MPT) divulgou dados
atualizados sobre a exploração de mão de obra no estado. Segundo o MPT,
em um ano o número de casos de regime de escravidão no Maranhão aumentou
26%. No total, 30 empregadores utilizaram força de trabalho de forma
irregular em todo o ano passado e mais de 500 trabalhadores foram
flagrados no estado atuando em regime de escravidão. O Maranhão é
atualmente o quarto estado do país com maior número de denúncias de
trabalho escravo, ficando atrás apenas do Pará (1º), Mato Grosso (2º) e
Goiás (3º).
De acordo com a procuradora do
Trabalho do MPT, Anya Gadelha Diógenes, a baixa escolaridade e a
expectativa de ascensão social são os principais fatores que levaram o
Maranhão a atingir altos índices de trabalho escravo. "Muitas vezes,
esses trabalhadores, devido à falta de informação, aceitam se transferir
para localidades onde, muitas vezes, não há qualquer meio de
comunicação. Eles não conseguem receber salários e, quando atingem esse
objetivo, são obrigados a deixar toda a renda que obtiveram com o
proprietário, sob o pretexto de dívidas", disse a procuradora.
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